16 suspeitos de assaltos a instituições financeiras foram presos na manhã desta quinta-feira (24), no Sertão do Estado, durante a ‘Operação Ladinos’, realizada pela Secretaria da Segurança e da Defesa Social (Sesds) e seus órgãos operativos – Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). No trabalho, que faz parte da força-tarefa criada pela pasta contra assaltos a bancos, também foram apreendidas mais de dez armas de fogo, entre pistolas, revólveres e dois fuzis, além de munições e um colete à prova de balas.
Os suspeitos presos tinham uma particularidade: viviam na área onde praticavam os crimes. Por este motivo conheciam as rotas de fuga e ainda obrigavam as pessoas a não passarem informações para a polícia. “A estratégia elaborada pelas Forças de Segurança da Paraíba culminou na chegada aos locais onde os alvos estavam escondidos, cumprindo as buscas e apreensões que acabaram com as prisões dos membros deste grupo criminoso envolvido em assaltos a carros forte e bancos no Sertão. Também tiramos de circulação, armas de grosso calibre como fuzis 762, que eram usados para praticar as ações criminosas e amedrontar a população”, disse o comandante do Policiamento Regional I, coronel Campos.
Contra a quadrilha foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão nas cidades de Catolé do Rocha, Lagoa, Jericó, Santa Cruz, Pombal, no Sertão paraibano, e ainda em Bayeux, região metropolitana de João Pessoa. Ao todo, 180 policiais e bombeiros foram empregados na operação, que, segundo as investigações, desarticula o grupo criminoso responsável por um estouro a carro forte em Jericó, assaltos aos bancos Bradesco de Brejo dos Santos, São João do Rio do Peixe, Bom Sucesso e uma tentativa de assalto também ao banco Bradesco de Jericó.
“A Polícia Rodoviária Federal participou da ação cumprindo mandados judiciais que foram deferidos pela Justiça Estadual contra estes criminosos que agiam no Sertão paraibano e em Estados como São Paulo. Atuamos com quatro equipes táticas operacionais com membros da Paraíba, Ceará e Bahia. Estes policiais têm expediências no combate ao crime na caatinga, o que ajudou no trabalho integrado na Região”, falou o diretor de operações da Polícia Rodoviária Federal, inspetor Eduardo Guimarães.
O grupo preso hoje é considerado pela polícia de alta periculosidade, com um histórico de prática de crimes na Paraíba e em vários Estados. Alguns dos suspeitos já cumpriram penas pela prática de roubo contra bancos e explosões a carros forte. Os presos têm um esquema de ação que divide os membros em grupos. Alguns são responsáveis pelos explosivos, outros pela segurança do perímetro, enquanto um grupo realizava os ataques acobertados pelos responsáveis por facilitar as fugas. Com as prisões a polícia acredita que as ocorrências desta natureza vão diminuir no estado.
“Este foi o resultado de um trabalho que começou há cerca de seis meses com a criação da Força Tarefa na Paraíba. Durante as nossas investigações conseguimos identificar que a organização criminosa é formada por dois núcleos, um na Paraíba e outro em São Paulo, que juntos praticavam os crimes. Os membros desta organização criminosa são bastante perigosos, aterrorizaram várias cidades e a Delegacia de Roubos e Furtos de Patos vinha investigando e mapeando as ações dos suspeitos. O resultado está aí nesta operação integrada. Conseguimos tirar estes criminosos que são procurados em todo o Brasil das ruas e isto foi muito importante”, concluiu o delegado de Roubos e Furtos de Patos, Diego Beltrão.