As eleições municipais de 2020, inicialmente planejadas para o primeiro domingo de outubro, ainda não têm uma data definida diante da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil. Em entrevista ao programa Roda Viva na noite desta segunda-feira (15), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, explicou alguns dos planos para a data.
“A primeira ideia é alongar o dia, fazer de oito [da manhã] às oito [da noite] por exemplo, ou até mais”, garantiu o presidente do TSE. Ele afirmou, ainda, que o órgão calcula fazer agrupamentos de horários por faixas etárias. “Para a gente dividir igualmente, talvez em quatro horários ao longo do dia”, explicou.
A higiene das cabines de votação, mesmo que as eleições sejam feitas após o declínio da curva de contágio no Brasil, também deve ser instaurada com meticulosidade nas seções eleitorais brasileiras. De acordo com o ministro, o órgão deve ir atrás de doações de máscaras e álcool em gel da iniciativa privada, evitando, assim, gasto de verbas públicas inexistentes para isso.
“Não pode passar álcool em gel antes de votar porque estraga a biometria e estraga a urna, logo, quando sair do voto, vai ter um servidor de luva com um jato de álcool em gel para passar na mão do eleitor”, explicou. Cartilhas de conscientização sobre o que não fazer no local de votação também devem ser distribuídas aos eleitores.
Questionado sobre as regulamentações da campanha durante a pandemia, Barroso afirmou que desde as últimas eleições as campanhas têm sido feitas com protagonismo das redes sociais, algo que o preocupa. “Já conversei com o Whatsapp, tivemos uma excelente conversa, já tenho uma conversa marcada com a google semana que vem, para nós montarmos um esquema para minimizar o papel das campanhas de desinformação, de ódio e de difamação”, pontuou. Trinta e cinco dias antes das eleições, a campanha de televisão deve ser iniciada.
iG