Mais de 21 mil agricultores residentes na Zona Rural do Estado da Paraíba serão beneficiados em 2021 com ações do programa Paraíba Rural Sustentável. Serão construídas e implantadas 6.816 cisternas; 161 passagens molhadas; 119 sistemas de abastecimento de água completo (ADC); 47 sistemas de abastecimento de água singelo (ADS); e 15 sistemas de abastecimento de água completo e singelo com instalações de dessalinizadores, entre outras ações. Esses subprojetos totalizam investimentos superiores a R$ 155 milhões, oriundos de parceria entre o Governo do Estado e o Banco Mundial.
“Estaremos também elaborando para 2021, além de projetos executivos de obras de engenharia para passagem molhada e abastecimento de água completo, a contratação de empresas para elaboração de sistemas e aquisição de equipamentos, produção e diagnóstico de sistema de gestão e implantação do Núcleo Regional de Gestão juntamente com a Secretaria de Recursos Hídricos e Cagepa, e conclusão das Oficinas de Fortalecimento dos Conselhos Municipais, se pudermos trabalhar presencialmente. Essas seriam as principais ações a serem executadas em 2021”, elencou o coordenador geral do Projeto Cooperar, Omar Gama.
As ações serão implantadas na área rural do Estado da Paraíba, atendendo 222 municípios, excluindo, apenas João Pessoa que não está contemplada no acordo de empréstimo com o Banco Mundial. Também está em implantação o Projeto Piloto das Alianças Produtivas, com oito Organizações Produtivas (OP), totalizando 647 famílias beneficiárias, com recursos aplicados no valor de R$ 3,2 milhões.
As Organizações são as seguintes: Associação dos Apicultores do Sertão Paraibano (Aparecida); Associação Comunitária dos Agropecuaristas do São João, em Pombal; Cooperativa dos Produtores Rurais de Monteiro (Capribom); Associação dos Criadores de Caprinos do Município de Cabaceiras (Ascomcab) Cooperativa Agroindustrial do Seridó e Curimataú Paraibano (Cooasc), em Picuí; Cooperativa Regional dos Produtores Rurais Limitada (Coaprodes), em Bananeiras; Cooperativa Paraibana de Avicultura e Agricultura Familiar (Cofap), em São Sebastião de Lagoa de Roça; e Associação do Assentamento Margarida Maria Alves, em Juarez Távora.
Omar Gama observou que o PB Rural Sustentável teve uma série de entraves em 2020, porque as atividades praticamente necessitavam de reuniões presenciais, tanto com as Associações quanto com os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável. “Então tivemos de readaptar nosso trabalho para que pudéssemos trabalhar somente via on-line e remota. Foi um trabalho inicial grande com a nossa equipe interna porque estava acostumada a executar as tarefas presencialmente, na sede do Projeto Cooperar”, explicou.
Omar disse ainda que teve que iniciar o trabalho home office e adaptar as necessidades aos equipamentos que a equipe dispunha, além de fazer a mesma capacitação com os agricultores familiares, “porque a partir de junho de 2020 as demandas que antes eram apresentadas diretamente aos Conselhos, em reuniões presenciais, passaram a ser feitas através de e-mails. Portanto, foi um ano difícil, mas conseguimos alcançar êxito nas atividades. É tanto que para 2021 temos vários projetos e subprojetos que serão implantados, e essas demandas chegaram via e-mails. Isso foi o grande diferencial que 2020 nos proporcionou trabalharmos em tempo real, utilizando ferramentas da internet”, pontuou.
O coordenador geral do Projeto do Cooperar ressaltou o término da missão de avaliação do Banco Mundial neste mês. “E, pelo andar da carruagem, o Bird tem visto com muito bons olhos o desempenho do PB Rural em 2020, porque esse estágio de pandemia aconteceu no mundo inteiro, inclusive, no próprio Banco Mundial as ações presenciais foram suspensas. E a gente, mesmo com toda essa problemática da pandemia, conseguimos alcançar índices bastante positivos de representatividade para o BM”, argumentou.
O Projeto Cooperar/PB Rural Sustentável é vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido (Seafds) e tem o objetivo de melhorar o acesso à água, reduzir a vulnerabilidade agroclimática e aumentar o acesso a mercados da população rural da Paraíba.