A deputada Drª Paula (Progressistas) foi uma das homenageadas com o Troféu Maria da Penha, prêmio outorgado às mulheres que têm se destacado pelo trabalho e ações contra à violência de gênero, contra o feminicídio. “Esse troféu é um estímulo à reflexão e divulgação da Lei Maria da Penha”, declarou a parlamentar.
A entrega da honraria ocorreu na noite dessa terça-feira (30), em evento virtual conduzido pela jornalista Messina Palmeira, idealizadora do Troféu.
“Me sinto lisonjeada ao receber esse prêmio, para mim é motivo de orgulho. Quero dividir esse prêmio com todas as mulheres vítimas de feminicídio, de homicídio; mulheres violentadas fisicamente e psicologicamente”, acrescentou.
Ainda no discurso de agradecimento, Drª Paula falou da história de Maria da Penha, cuja luta em defesa da mulher vítima de violência se transformou em lei federal. Drª Paula lembrou que a luta para inibir, punir erradicar toda e qualquer violência de gênero faz parte da trajetória de Maria da Penha.
“A Lei é um reconhecimento da luta dela às violações contra os direitos da mulher”, comentou.
A deputada evocou as palavras de Maria da Penha que, em livro, disse o seguinte: “Sobrevivi, agora posso falar”.
“Mas quantas mulheres não podem falar. Quantas brasileiras, paraibanas, sertanejas não podem falar. Não podem pelo medo, pela situação de pobreza, por não ter trabalho. E por não saber como custear a vida de seus filhos. Isso é muito triste”, exclamou.
Ao final do discurso, a deputada voltou a se emocionar: “É um momento mágico, uma beleza que não tem tamanho. O meu coração não cabe de alegria. Para mim, foi o maior prêmio que já recebi em minha vida, como médica e deputada estadual. Parabenizo as demais mulheres homenageadas”.
Desconstrução
A parlamentar disse que é preciso descontruir a sociedade machista, patriarcal que não aceita os direitos iguais entre homens e mulheres. “E a violência continua, a cada duas horas morre uma mulher por feminicídio no Brasil. A cada seis horas, morre uma mulher por homicídio familiar”, informou.
Requerimentos
Na oportunidade, a deputada informou, também, que apresentou na Assembleia Legislativa um requerimento solicitando a instalação da Procuradoria da Mulheres, o que já existe no Congresso Nacional.
Em outro pleito, a deputada solicita a construção de uma Casa de Acolhimento na cidade de Cajazeiras. “Quando fui secretária em Cajazeiras, procurei dar todo assistência à saúde das mulheres vítimas de violência”, destacou.
Lei – A Lei 11.340 de 7 de agosto de 2006, popularmente conhecida como Lei Maria da Penha, determina que todo caso de violência doméstica ou intrafamiliar é crime e deve ser julgado pelos Juizados Especializados de Violência Doméstica contra a Mulher, que foram criados juntos com essa Lei.