Jornal de Cajazeiras homenageia ex-prefeito José Nelo Zerinho Rodrigues em sua coluna semanal
O Jornal Semanal Gazeta do Alto Piranhas, de propriedade do empresário José Antônio de Albuquerque, em Cajazeiras homenageou o ex-prefeito de José Nelo Zerinho Rodrigues nesta edição. O jornal passa a circular a partir desta sexta-feira (17).
Zerinho como era conhecido faleceu nessa terça-feira (10), em decorrência de problemas cardíacos, aos 83 anos. Ele estava internado no Hospital Regional de Cajazeiras desde o dia 4 deste mês após sofrer um infarto
Veja coluna do jornal!
Zerinho, o Imortal
O ex-prefeito de Cajazeiras, José Nelo Zerinho Rodrigues, faleceu na cidade de João Pessoa, na última sexta-feira, dia 10, vítima de um infarto. Era um homem obstinado pelo trabalho e pela vida e lutou enquanto pode para ficar vivo e deixa um legado muito valioso para a cidade que ele tanta amava: Cajazeiras. Sua linda, linda, linda Cajazeiras!
Zerinho: duplo candidato
Em 15 de novembro de 1976, José Nelo Zerinho Rodrigues foi candidato a vice-prefeito de dois prefeitos: João Bosco Braga Barreto e Acácio Braga Rolim, mas o eleito foi Antonio Dias da Silva, na chapa de Francisco Matias Rolim. Foi sua primeira derrota eleitoral em Cajazeiras. Um fato inusitado e único na História Política de Cajazeiras, ao ser ao mesmo tempo um duplo vice e com palanques diferentes.
Zerinho vice-prefeito
Na eleição de 1988, Zerinho foi eleito como 10º vice-prefeito da História Política de Cajazeiras, que teve como cabeça de chapa o médico Antonio Vituriano de Abreu, que derrotou as forças tradicionais de Cajazeiras, tendo a frente Chico Rolim e Epitácio Leite Rolim, além de Joaquim Alencar que representava a esquerda da cidade.
Zerinho prefeito
Nas eleições de 03 outubro de 1992, Zerinho ganhou a eleição de prefeito, tendo como concorrente o médico e ex-prefeito Epitácio Leite Rolim, sendo esta eleição uma das mais disputadas da cidade de Cajazeiras. Vituriano cumpriu a palavra e deu total apoio a eleição do seu vice-prefeito.
Zerinho: uma visão de futuro
Enquanto prefeito, duas obras se destacam: a abertura da Avenida José Donato Braga, conhecida como a Estrada do Amor, que é sem dúvida, hoje, uma das mais belas de Cajazeiras e a construção do CAIC, que levou à abertura da Avenida Joca Claudino, expandido a cidade para as Zonas Norte e Oeste.
Zerinho: um sonho frustrado
Ao concluir o mandato de prefeito, um dos sonhos de Zerinho era o de ser deputado estadual, mas sempre teve em sua caminhada o amigo Tarcizo Telino de Lacerda, em quem sempre votou e apoiou nas suas campanhas para a Assembleia da Paraíba e por mais de uma vez foi “preterido” em nome do amigo.
Zerinho como secretário
Durante o governo de Zé Maranhão, em 2001, Zerinho foi nomeado Secretário Adjunto da Indústria e Comércio e transformou o seu gabinete, em João Pessoa, uma extensão em defesa das causas de Cajazeiras. Visitá-lo era sempre uma festa.
Zerinho e Ronaldo
Zerinho era um ardoroso amigo do governador Ronaldo da Cunha Lima e ambos tiveram um AVC e certo dia, durante um voo para Brasília, lá estava Ronaldo “bebericando” uma dose de uísque e Zerinho foi logo dizendo: “você bebendo uísque, como pode?” Zé que havia sido “proibido” pelo médico de tomar umas doses, foi instigado por Ronaldo para mudar de médico, porque o dele não o proibiu.
Zerinho e o povo
Enquanto prefeito, Zerinho, atendia dezenas de pessoas em sua residência, antes de ir para a prefeitura. Tinha todo tipo de pedido: caixão de defunto, bujão de gás, contas de água e luz, uma feirinha e os viciados no dinheiro para uma bicada de cana. Ele reclamava, mas gostava muito do cheiro do povo. No dia em apareciam poucas pessoas ele ficava preocupado.
Zerinho e Bocão
Francisco Herlandes de Farias, o popular Bocão, grande amigo de Zerinho, era o primeiro a amanhecer na casa dele e tinha passagem livre e tomava café antes do dono da casa e o pior comia todas as tapiocas feitas por Dona Maria, que era obrigada a fazer nova fornada. Bocão era a própria sombra de Zerinho e se metia até nas conversas entre ele e sua esposa Marizete. Às vezes ficava cochichando nos ouvidos de Zerinho: “não atende a este cara aí não, ele é um grande traíra”. Era um “cri-cri” na vida de Zerinho, mas ele adorava Bocão.
Radar Sertanejo com Gazeta do Alto Piranhas