O Espaço Cultural que está sendo instalado pela Prefeitura de Cajazeiras, no Calçadão da Tenente Sabino, no centro da cidade, deverá receber o nome de Eliézer Leite Rolim, cineasta e teatrólogo cajazeirense falecido no início de fevereiro deste ano. A informação foi confirmada pelo secretário de Cultura e Turismo, Ubiratan di Assis, aos familiares e amigos do saudoso artista.
Segundo ele, projeto de lei nesse sentido ainda será discutido e votado no Poder Legislativo local, mas a sugestão dada pela deputada Dra. Paula, com o apoio do prefeito Zé Aldemir, recebe total apoio da classe artística e cultural de Cajazeiras.
O secretário Ubiratan di Assis participou, na manhã desse domingo (20), da Cerimônia de Cinzas do teatrólogo e cineasta Eliézer Rolim. O desejo de Eliézer era, ao morrer, ser cremado e que as cinzas fossem atiradas ao mar da praia de Cabo branco, onde ele realizava caminhadas e costumava tomar banho, onde “lavava sua alma”, como costumava dizer, no trecho da praia em frente a Fundação Casa de José Américo.
Para o secretário Ubiratan di Assis, que participou representando a Prefeitura de Cajazeiras e a comunidade cultural, o evento foi tomado de muita emoção, com a participação de vários artistas paraibanos convidados. Eles foram de Catamarã até alto mar, e depois de uma cerimônia, com encenação de trechos de peças e poemas de Eliézer, além de falas da família e de amigos, as cinzas foram atiradas ao mar.
Ubiratan revelou que a família de Eliézer Rolim, sensibilizada, ficou muito feliz com essa proposta da homenagem no Espaço Cultural, que vai abrigar a Secretaria de Cultura e Turismo, a Academia Cajazeirense de Artes e Letras (ACAL), Salão de Arte Contemporânea, Instituto Histórico e Geográfico de Cajazeiras e Memorial de Artes Cênicas, com todo acervo de Eliézer Rolim. “A ideia é realizar um grande evento de inauguração do Espaço, após a pandemia provocada pela Covid-19, e a previsão de instalação é para 27 de março de 2022 – Dia Internacional do Teatro”, afirmou.
Eliézer era graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB, 1986), com mestrado (2001) e doutorado em Artes Cênicas pela universidade Federal da Bahia e pela École Nationale de Architeture de Grenoble, na França (2013). Atuando no cinema como produtor, roteirista e diretor, ele recebeu diversos prêmio e era conhecido nacionalmente pelas suas obras. No cinema ganhou destaque como realizador dos filmes “Eu Sou o Servo”, “O Sonho de Inacim” e “Beiço de Estrada”. Eliézer morreu de embolia pulmonar e consequências da Covid-19.