Prefeito de Triunfo manifesta preocupação com queda do FPM e bloqueio de precatórios por inadimplência de gestões anteriores
Nesta quinta-feira (10), o prefeito de Triunfo, Espedito Filho (União), demonstrou preocupação e insatisfação com o governo federal pela redução de receitas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), principal arrecadação das pequenas cidades brasileiras, sem contar com o bloqueio de recursos para o pagamento de precatórios por inadimplência herdada de gestões anteriores.
Segundo o prefeito, somente nos repasses deste dia 10 de agosto, data em que os municípios recebem a maior parcela para cumprir com suas obrigações, Triunfo teve uma redução no repasse do FPM de R$ 12,110,20, em relação ao mesmo mês de 2022. Se não bastasse essa queda de receita, os cofres do município ainda tiveram dois bloqueios que juntos somam quase R$ 190 mil de precatórios para quitar salários não pagos por gestão anteriores.
Na soma geral da queda do FPM e dos bloqueios para quitar precatórios o município de Triunfo teve uma redução de R$ 301.837,94 (quase trezentos e dois mil reais), que faz uma diferença enorme em um município com menos de 10 mil habitantes.
“Isso deixa Triunfo hoje com nenhuma condição de arcar com as obrigações e fornecedores. Nós estamos numa situação administrativa muito difícil. Diante desse desastre financeiro, onde o presidente da República está transmitindo a responsabilidade para os municípios, só tenho a lamentar. Meu sentimento é de tristeza e um desânimo de fazer a gestão pública. Nós quebramos paradigmas de salários atrasados, de falta de obras, de muitos investimentos, mas não temos condição de gerir sem dinheiro”, disse Espedito em participação no programa Jornal da Manhã da Oeste AM de Cajazeiras, nesta quinta-feira.
O prefeito Espedito Filho vem se destacando no interior da Paraíba pela implantação de um modelo de gestão que é referência para muitos gestores municipais, com muitas obras estruturantes, pagamento do funcionalismo e fornecedores em dia, programas governamentais e assistência social, saúde humanizada e muitas outras ações importantes. Porém, o prefeito explicou que a queda de receitas pode inviabilizar o funcionamento de algumas demandas da gestão municipal.
Por Dida Gonçalves
Radar Sertanejo
