EPIDEMIA

Paraíba tem terceira morte por arboviroses; período de chuvas preocupa especialistas

A Paraíba registrou, na última segunda-feira (26), a segunda morte por dengue no estado e nesta quarta-feira (28), uma morte por chikungunya, somando três óbitos por arboviroses neste ano. Há pelo menos outros quatro casos em investigação. A médica infectologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Christianne Takeda, ressalta que as ondas de calor e o volume das chuvas do verão seguem gerando preocupação.

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“O risco de pegar dengue nesta época aumenta porque, com o acúmulo de água das chuvas, o mosquito se prolifera melhor. É preciso redobrar a atenção, sobretudo, dentro das residências e dos imóveis em geral”, aponta Takeda.

Nos últimos dias, a Paraíba tem registrado chuvas intensas em todo o estado. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) tem emitido alertas constantes de aumento pluviométrico, do Sertão ao Litoral. Diante desse cenário, o cuidado deve ser ainda maior para evitar a presença de criadouros do Aedes aegypti nas residências e a contaminação em massa.

“Em época de chuva, cheque se não tem, no seu quintal ou jardim, jarros e vasilhas descobertas que acumulam água. Verifique se há um ponto de escoamento para que o local não sirva de viveiro para o mosquito. Outra medida de prevenção é o uso de repelentes e a aplicação de telas nas janelas para impedir a entrada do inseto”, diz Christiane.

Dados da Secretaria de Estado de Saúde apontavam, até meados deste mês de fevereiro, notificações de 689 casos prováveis de arboviroses, sendo 588 para dengue, 96 para chikungunya e cinco para zika. Todas as doenças são transmitidas pelos mosquitos Aedes.

A médica infectologista alertou ainda para o cuidado redobrado com as pessoas que possuem comorbidades. A vítima que faleceu nesta semana apresentava condições de saúde delicadas, como diabetes, hipertensão e doença hematológica. Já a primeira morte por dengue na Paraíba foi também de uma mulher, residente do município de Camalaú, com 24 anos e quadro de obesidade. A vítima da chikungunya possuía uma doença crônica no fígado.

Manifestações possíveis – Em caso de infecção, o indivíduo pode manifestar quatro diferentes tipos de dengue, que vão de 1 a 4. Os principais sintomas são dor no corpo, febre, cansaço, fadiga, “dor na bola do olho” e manchas vermelhas, que podem vir acompanhadas de coceiras.

“Eventualmente, uma pessoa pode pegar todos esses tipos, pois um vírus não protege do outro. Por isso, a precaução mais importante é tentar diminuir os viveiros do mosquito”, reforça.

Dengue hemorrágica – Em casos mais graves, na chamada “dengue hemorrágica”, há outros tipos de sinais. Dentre eles, destacam-se sonolência, desorientação, desmaios, sensação de queda de pressão, sangramento gengival e antecipação da menstruação já durante o quadro de dengue.

“É bom elucidar que esse tipo não é necessariamente uma dengue em que a pessoa sangra. Na verdade, há uma perda do líquido do sangue para dentro de um outro espaço, o que pode levar à morte. Então, diante desses indícios, procure um médico imediatamente”, orienta a médica.

Entretanto, se o paciente apresentar os sintomas mais leves da doença, o cuidado mais básico que deve ser adotado é manter a hidratação. Tomar bastante água e sucos é fundamental.

Teleconsulta – Em casos de suspeita da doença, uma opção que traz comodidade e segurança é a teleconsulta, modalidade oferecida pela Hapvida NotreDame Intermédica, que apresenta a mesma qualidade de uma consulta presencial, com a vantagem de evitar a exposição do paciente a outros tipos de patógenos.

Confira como evitar a proliferação do mosquito

• Manter as garrafas vazias ou baldes virados para baixo;
• Não deixar entulho no quintal ou nas ruas e varrer diariamente a água parada;
• Cobrir as caixas d’água, poços ou piscinas e manter as calhas de água limpas;
• Colocar terra ou areia nos pratos dos vasos das plantas;
• Manter a lata de lixo devidamente tampada e descartar corretamente cascas de coco, latas de refrigerantes, copo plástico, garrafas, embalagens etc;
• Guardar pneus em locais cobertos, longe da chuva. Faça furos na parte de baixo ou entregue no serviço de limpeza;
• Tampar os ralos pouco usados com um plástico, jogando água sanitária no cano duas vezes por semana;
• Diminuir o número de bebedouros de cães, gatos e passarinhos e manter o aquário limpo e fechado;
• Colocar telas de proteção nas janelas e mosquiteiros na cama para dormir.

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