Fernanda Miguel da Silva, de 19 anos, e Lilian Alves Romão, de 18, foram condenadas a 40 anos de prisão nesta sexta-feira (18) pelo homicídio qualificado de um bebê de seis meses em São José de Piranhas, Sertão da Paraíba. O julgamento, que teve duração de 12 horas, foi realizado por um júri popular e resultou na condenação de ambas as acusadas, mãe e a companheira dela.
O crime aconteceu em novembro de 2023, quando a criança, identificada como Maria Liliane Miguel da Silva, foi levada por Fernanda e Lilian à Unidade Básica de Saúde (UBS) local, já sem sinais vitais e com hematomas visíveis no corpo. Os médicos da unidade tentaram reanimá-la por cerca de 15 minutos, sem sucesso, e chamaram o Samu. Ao retirarem a roupa do bebê, a equipe médica encontrou cicatrizes e escoriações, o que levantou suspeitas de violência física.
A perícia do Instituto de Polícia Científica (IPC) confirmou que a causa da morte foi traumatismo craniano, sugerindo espancamento, possivelmente causado por golpes com as mãos ou choques contra superfícies duras. Fernanda e Lilian foram presas em flagrante e, durante os depoimentos, Fernanda preferiu permanecer em silêncio, enquanto Lilian confessou o crime, mas não revelou o motivo.
A defesa das acusadas argumentou durante o julgamento que ambas eram inocentes, porém, o Ministério Público apresentou provas suficientes para a condenação.
Com a sentença, Fernanda Miguel da Silva e Lilian Alves Romão deverão cumprir 40 anos de reclusão, uma das maiores penas aplicadas na região por homicídio de crianças. O caso gerou grande comoção em São José de Piranhas, que acompanhou o desfecho do julgamento com grande expectativa.
Radar Sertanejo