A Justiça Federal na Paraíba (JFPB) realizou, na tarde desta terça-feira (02), na Subseção Judiciária de Sousa, a audiência de custódia dos seis presos, em flagrante, na tentativa de assalto à agência dos Correios e Telégrafos de São José de Piranhas, no sertão do estado, nessa segunda-feira (1º). Depois de serem ouvidos pelo juiz federal Diego Guimarães, da 8ª Vara, quatro acusados foram encaminhados para o Presídio de Cajazeiras e dois ficaram em liberdade provisória.
Os presos – que tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva – são: José Wilk Pereira, de 25 Anos; Marcos da Silva, 48; Valdemi Tenório da Silva, 41; Francisco Alexandre da Silva, 19. De acordo com o magistrado, há elementos suficientes para manutenção dessas prisões, com vistas a garantir a ordem pública. “A forma como o crime ocorreu mostra a periculosidade dos agentes envolvidos e associados, o que justifica a manutenção da prisão cautelar desses acusados”, ressaltou.
De acordo com os autos, a empreitada criminosa envolveu o manejo de quatro armas de fogo, de calibre 38, com munição em número significativo. Além disso, segundo relato colhido pela autoridade policial, os executores ainda teriam mantido clientes jovens e idosos como reféns, após subtrair armas e colete do segurança da agência/ETC, durante quase todo o momento das negociações, em fase prévia à rendição.
Já os que ficaram em liberdade provisória foram: Claudemir Oliveira Santos, 27; e Poliana Farias Estrela de Oliveira, 25. Com relação a esses acusados, houve dúvidas sobre o tipo de atuação criminosa realizada, e até sobre a vontade livre, consciente e dirigida para participar dos crimes de roubo e de quadrilha. “Entendo que não se justifica a manutenção prisão dos dois e, especialmente, em relação à Poliana, que é mãe de duas crianças, de 6 e 4 anos, e estudante do curso técnico de enfermagem, na cidade de Cajazeiras”, decidiu.
O crime
A tentativa de assalto à agência dos Correios e Telégrafos de São José de Piranhas aconteceu por volta das 8h dessa segunda-feira (1º). Dois agentes armados ingressaram na citada agência, anunciaram o assalto, renderam o segurança, mantiveram os clientes idosos que ali estavam como reféns e subtraíram o dinheiro que seria depositado por uma cliente. Enquanto aguardavam a abertura do cofre pelo sistema de segurança, foram pegos em flagrante pela polícia.
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