Por unanimidade, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou na tarde desta quarta-feira (9) o jurista Luiz Fux para ser o 11º ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Fux foi indicado pela presidente da República, Dilma Rousseff.
O processo de votação nominal e secreto foi rápido e ocorreu após a sabatina do jurista. A sessão foi presidida pelo senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), eleito para o cargo nesta manhã. Uma vez aprovado na CCJ, o nome dele ainda precisa ser confirmado pelos demais senadores em plenário do Senado, o que pode acontecer ainda na sessão desta quarta-feira.
O relator da indicação foi o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), que não poupou elogios e disse que Fux tem “méritos morais e afinidades com o instinto brasileiro de ser”.
Em tom emocionado durante a sabatina, Fux contou aos parlamentares sobre seus 30 anos de carreira na magistratura e o desejo de ocupar uma vaga na Suprema Corte do país. “Eu quero, eu sonho com isso, porque o soldado que não quer ir para o generalato não merece estar no Exército."
O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) pregou a isonomia processual e a fidelidade à Constituição. “Quem não tem preparo, não tem informação, não sabe os direitos que têm. O acesso à Justiça depende do direito à informação. É preciso colocar [a Justiça] à disposição da população carente”, defendeu.
Fux também destacou que a Justiça depende da “sensibilidade do magistrado”, ressaltando que o compromisso dele com a magistratura é não deixar que consciência “adormeça diante da ética”.
Após o discurso, o ministro foi aplaudido de pé pelos parlamentares presentes na sessão.
UOL