Talvez o último cangaceiro do bando de Lampião e Maria Bonita morreu segunda-feira, aos 100 anos. O corpo de José Antônio Souto, o Moreno, foi sepultado nesta terça-feira (7), no Cemitério da Saudade, em Belo Horizonte. A mulher dele, Jovina Maria da Conceição, conhecida no cangaço como Durvinha, faleceu em 2008, aos 93 anos. Ele faria 101 anos em 1º de novembro.
Uma das filhas do casal, Neli Maria da Conceição, 60 anos, conta que só soube a verdadeira história dos pais em 2005, quando conseguiu localizar o filho que eles deixaram para trás durante a fuga para Minas Gerais, há 70 anos. “Eles tinham jurado um para o outro que nunca contariam essa história para ninguém”, lembra Neli.
Essa história vai ganhar um documentário: “O Altar do Cangaço”, dirigido pelo cineasta cearense Wolney de Oliveira. A estreia será no 43º Festival de Cinema de Brasília, que acontece de 23 a 30 de novembro. A história do casal de ex-cangaceiros também foi registrada em livro: “Moreno & Durvinha – Sangue, amor e fuga no cangaço”, de João de Souza Lima. Neli também fez um museu em sua casa.
Do Radar com Hoje em Dia