Brasil

Polícia encontra ossada em terreno de faculdade

A reitora da Universidade São Marcos, Maria Aurélia Varella, afirmou que os ossos encontrados no terreno da instituição de ensino na quinta-feira (31) eram de cadáveres usados para estudo. A polícia descobriu os restos mortais após uma denúncia anônima. Ao todo, foram localizados 15 crânios, quatro fetos e partes de corpos.

- PUBLICIDADE -

De acordo com a reitoria, os corpos pertenciam ao laboratório de anatomia da instituição há 20 anos, mas estavam contaminados por fungos por falta de manutenção, porque o local já havia sido desativado há dois anos. A reitora teria pedido que os ossos fossem enterrados em um cemitério, em abril deste ano.

—Na minha concepção, enterro é em cemitério. Enterro em cemitério é pago. Alguém precisaria viabilizar a verba. Quem faz esta parte? Quem faz a parte administrativa. Quem é que faz isso? Em regra, a mantenedora. No caso da São Marcos, o representante legal dela, que é a intervenção judicial.

Só o Instituto de Criminalística poderá dizer há quanto tempo os ossos estavam ali. A polícia já ouviu o depoimento de cinco pessoas, entre elas, o zelador que teria enterrado os restos mortais. O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) vai investigar se os corpos chegaram à universidade de forma lícita. O diretor do departamento, delegado Jorge Carrasco, quer saber quem deu a ordem para que as ossadas fossem enterradas no terreno da instituição de ensino.

—A investigação vai prosseguir para saber os responsáveis e como eles adquiriram esses corpos, se vieram em nível de universidade ou como esses corpos estavam lá para estudo.

Uma vizinha da universidade contou que vinha sentindo cheiro forte vindo da instituição, mas pensou que fosse o bueiro. Uma aluna da instituição, que estuda em uma sala em frente aonde os ossos foram enterrados ficou escandalizada com a história. Ela já não tem mais certeza se vai conseguir o diploma.

A Universidade São Marcos foi descredenciada pelo Ministério da Educação. A instituição contava com cerca de 1.300 alunos em São Paulo e 800 em Paulínia (no interior), e estava sob intervenção judicial e em processo de readequação às normas do ministério.

R7

Deixe uma resposta