A estudante Katerine Witkoski, de 19 anos, esfaqueada pelo próprio pai durante uma discussão de família, teve alta na tarde de sábado (22) do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana (126 km de São Paulo). A mãe, Josenilda Witkoski, que também foi atacada pelo marido, continua internada sem previsão de alta.
Mãe e filha ficaram feridas na madrugada de sexta-feira (21), após serem atacadas a facadas pelo médico Elton Andreis Witkoski, 45 anos, pai e marido das vítimas. Após a dupla tentativa de homicídio, ele morreu ao se jogar do sétimo andar do prédio em que morava com a família.
Casado há 22 anos, o médico era usuário de álcool e remédios controlados. O casamento estava complicado havia dez anos, segundo o boletim de ocorrência. Ainda segundo a polícia, o médico foi ao apartamento da mulher para buscar alguns objetos pessoais que havia deixado no imóvel após a separação. Durante uma discussão, por volta de 0h15, Witkoski atingiu a mulher com uma faca no abdome, e a filha, que tentou impedir a briga, foi atingida na cabeça.
Em seu perfil no Facebook, Katerine deixou mensagem de agradecimento aos amigos assim que saiu do hospital: “Muito obrigada à força que todos me mandaram, estou muito emocionada pela quantidade [de mensagens]. Já tive alta e estou descansando o máximo! Minha mãe ainda está em recuperação no hospital. Desejo a todos muito carinho. Obrigada (L)”.
De acordo com a polícia, por decisão da Justiça o agressor deveria manter distância de ao menos 200 metros das duas. Nos 15 dias anteriores à tragédia, as vítimas haviam registrado três ocorrências por agressão contra ele. “Na quarta-feira (19) foi solicitada medida protetiva, e ele foi intimado a comparecer à Delegacia da Mulher da cidade na sexta-feira, dia do crime", disse a delegada Regina Castilho Cunha.
Mesmo destacando a importância da investigação, a delegada afirmou acreditar que o crime não tenha sido premeditado. “Ainda é difícil afirmar qualquer coisa. Estou aguardando os laudos periciais e o depoimento das vítimas para apurar as circunstâncias do caso”, disse Regina.
UOL