Por descumprir as medidas de segurança dos trabalhadores, o Ministério Público do Trabalho (MPT) convocou uma audiência na Justiça do Trabalho com o consórcio de empresas que fazem as obras de Integração do Rio São Francisco, projeto popularmente conhecido como Transposição. A sessão aconteceu nesta segunda-feira (21) na Justiça do Trabalho em Salgueiro, no Sertão pernambucano.
A audiência foi presidida pelo juiz do Trabalho, Walmar Soares Chaves, com presença do procurador do MPT, Ulisses Dias e representantes do consórcio Águas do São Francisco. No mês de maio, o órgão fiscalizou vários canteiros das obras. Em um dos trechos operado pelo consórcio, o Ministério Público encontrou 25 pontos falhos relativos à segurança dos operários. Por conta disso, parte do lote sob o comando do consórcio foi parcialmente interditado.
“A interdição foi realizada para não acontecer acidentes. Para ter um maior cuidado com os trabalhadores. Os 25 pontos que foram colocados em questão eram pontuais, o que não significa que todo o lote estivesse nessa situação”, garante o representante do consórcio, o advogado Melo Junior destacando que o consórcio apresentou um relatório mostrando que os vinte e cinco quesitos já foram modificados.
Uma nova audiência foi marcada para o dia 30 outubro, quando o MPT e o consórcio Águas do São Francisco devem apresentar ao juiz um acordo extrajudicial. No acordo devem constar pontos sobre a multa pedida pelo MPT, que pode chegar a R$ 700 mil.
Além disso, uma nova vistoria será feita nos canteiros de obras administrado pelo consórcio nos próximos dias, mas a data ainda não foi definida.
G1 Petrolina