Brasil

Mão de obra no corte da cana acaba no ano que vem

Até pouco tempo, o setor usineiro dependia exclusivamente da mão-de-obra humana,mas o trabalho agora passa por um intenso processo de mecanização. Essa mudança de perfil, onde o homem está cedendo, gradualmente, lugar à máquina, faz, em partes, a colheita nas lavouras de cana-de-açúcar ficar mais eficiente.

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A lavoura canavieira inclui preparo do solo, tratos culturais e colheita. As atividades de preparo do solo e plantio foram as primeiras a se tornarem mecanizadas, obtendo-se principal-mente os efeitos de redução do tempo de realização de ambas e do número de trabalhadores empregados.

Esta semana um representante da empresa paulista, Cosan, usina responsável pela contratação de milhares de cortadores de cana,  esteve na região de Cajazeiras e disse que o IBAMA proibiu ao menos 75% das queimadas da palha da cana-de-açúcar para evitar morte de animais como cobras, por exemplo, permitindo apenas o trabalho de máquinas nessa área para evitar danos ao meio ambiente.

Ele adiantou que em apenas 25% das áreas das lavouras canavieiras será permitida o corte da cana, exclusivamente, feito pela mão de obra humana, o que segundo ele, não daria resultados para empresas investirem no recrutamento de poucos trabalhadores, haja vista os gastos, já que a maioria deles é da outras regiões muito distantes de São Paulo, como a região Nordeste.

De acordo com a empresa, a partir de 2014 os cortadores de cana não serão mais contratados sendo substituídos por máquinas. O resultado deixará milhares de trabalhadores nordestinos desempregados e este ano pode ter sido a despedida deles em lavouras canavieiras de São Paulo.

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