O uso de canais digitais é uma alternativa importante para reduzir aglomerações nas agências, especialmente com o pagamento do Auxílio Emergencial pelo governo, que tem gerado um fluxo maior de pessoas aos postos de atendimento
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma das principais medidas para conter o avanço da Covid-19 é o distanciamento social. Essa necessidade de evitar aglomerações é um grande desafio para empresas que prestam serviços essenciais para a população, como supermercados, correios e bancos.
Desde o início da pandemia, as instituições financeiras têm trabalhado para garantir acesso amplo aos serviços bancários com segurança tanto para clientes, quanto para funcionários. Como quase todos os serviços bancários são acessíveis pela internet e aplicativos de celular, os canais digitais são a forma mais segura para movimentar contas e realizar transações.
Por meio do internet banking e dos aplicativos é possível realizar quase todas as operações bancárias e ter aceso a diversos produtos e serviços (fazer transferência, tirar extrato, pagar contas, pedir empréstimo, negociar dívidas, contratar seguros, etc). Esses canais foram desenvolvidos para oferecer uma experiência simples e fácil, mas caso as pessoas não tenham familiaridade com eles, a recomendação é que peçam ajuda a alguém de confiança, como um parente ou um amigo.
Mesmo com as facilidades trazidas pelos canais digitais, os bancos ainda são locais com grande fluxo de pessoas, uma vez que oferecem serviços essenciais para a população. É o caso dos cerca de 30 milhões de aposentados e pensionistas recebem seus benefícios, todos os meses, por meio do sistema bancário.
Para garantir a segurança das pessoas que buscam atendimento presencial, os bancos intensificaram as rotinas de higienização de agências e caixas eletrônicos, distribuíram equipamentos de proteção, como máscaras, por todos os colaboradores que têm contato direto com os clientes, limitaram o número de pessoas dentro das agências e instalaram barreiras de acrílico nas áreas de autoatendimento e caixas.
Com objetivo de evitar aglomerações, as instituições financeiras adotaram uma série de medidas para organizar as filas dentro e fora das agências. Elas levam em conta o movimento diário dos postos de atendimento e as particularidades de cada localidade. Marcações nas calçadas com no mínimo 1,5m de distância para as pessoas se posicionarem são um exemplo dessas ações.
Além disso, os bancos contam com o apoio das autoridades locais, incluindo o acionamento das forças públicas de segurança, para reforçar as medidas de conscientização e, dessa forma, diminuir as aglomerações nos postos de atendimento, organizar a ocupação da rua por pedestres e proteger a população.
Mesmo com todos esses cuidados, é imprescindível que as pessoas só se dirijam às agências em último caso, para aqueles atendimentos que não podem ser realizados por outros canais, como internet, aplicativo ou telefone.
“Se o cliente realmente precisar ir ao banco, ele deve utilizar máscara de proteção logo que sair de casa, para se proteger. Caso não tenha máscara descartável, ele deve utilizar uma caseira. Ao chegar na agência, é importante respeitar o distanciamento em relação aos demais clientes e em hipótese alguma formar aglomerações”, alerta Amaury Oliva, diretor de Autorregulação da FEBRABAN – Federação Brasileira dos Bancos.
Oliva reforça que evitar a concentração de pessoas é uma das medidas mais eficazes de prevenção recomendadas pelas autoridades sanitárias. “A FEBRABAN e seus bancos associados acreditam que com a colaboração de todos o país será capaz de enfrentar o avanço da COVID-19 e voltar à situação de normalidade.”
Em abril, o governo iniciou o pagamento do Auxílio Emergencial para as pessoas que tiveram redução significativa da renda em função da pandemia. Estima-se que 55 milhões de pessoas devem utilizar a rede de agências para ter acesso ao benefício.
Para evitar que o pagamento do Auxílio Emergencial aumente ainda mais o fluxo de pessoas às agências, a FEBRABAN separou algumas dicas e orientações:
• quem ainda não se cadastrou para receber o auxílio emergencial, não precisa ir até a agência. O cadastro pode ser feito de casa, pelo computador, acessando o site http://auxilio.caixa.gov.br;
• o cadastramento também pode ser realizado pelo aplicativo Caixa Auxílio Emergencial, que deve ser baixado apenas na loja oficial de aplicativos do sistema operacional de cada celular;
• quem já se cadastrou, também não precisa ir ao banco para saber se vai ter direito ao benefício. A pessoa será informada pelo próprio aplicativo utilizado para fazer o cadastro;
• os beneficiários do Programa Bolsa Família também não precisam se cadastrar. Eles serão automaticamente enquadrados a partir das informações do Cadastro Único;
• o trabalhador que está dentro dos critérios do programa e já estava inscrito no Cadastro Único até o dia 20 de março deste ano receberá o benefício automaticamente;
• quem já recebeu a mensagem de que o benefício foi aprovado deve consultar o calendário de pagamento antes de ir ao banco para evitar perder a viagem. As datas estão disponíveis no site da Caixa (http://www.caixa.gov.br);
• para quem tem conta em outros bancos, que não a Caixa, o benefício será depositado na conta indicada no momento do cadastro;
• quem não tem conta em nenhum banco, não precisa ir à agência. Foram abertas milhões de poupança sociais digitais para que o benefício chegue a quem tem direito;
• muito cuidado com golpes. Na internet, não clique em links que ofereçam brindes ou prêmios. O calendário de pagamentos é aquele disponibilizado pela Caixa. Busque sempre a informação nos sites e fontes de informação oficiais;
• não repasse seus dados para nenhuma pessoa intermediar a concessão do auxílio emergencial. Apenas a Caixa avalia e confirma quem é elegível ao benefício e eles não procuram as pessoas ou usam serviços de terceiros;
• Caso você precise sacar dinheiro, além das agências, existem 170 mil caixas eletrônicos espalhados pelo país. Eles estão em supermercados, shoppings etc. sempre tem um perto de você.
FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos
Diretoria de Comunicação