A maioria dos enfermeiros que trabalham no SAMU da microrregião de Cajazeiras afirmam que trabalhar nessa área é colocar em risco suas vidas. O Radar Sertanejo ouviu alguns agentes que desempenham suas atividades na maioria das cidades polarizada por Cajazeiras e todos afirmam que constantemente passam por pressão psicológica, constrangimentos e ameaças por parte de familiares de vítimas.
Eles dizem que quando estão atendendo vítimas, em locais onde ocorre o fato, há momentos que são xingados, constrangidos e muitas vezes ameaçados por parentes de vítimas que exigem pressa no atendimento.
“Muitas vezes estamos agachados atendendo vítimas e não estamos vendo quem estar perto de nós e somos xingados e até ameaçados por parentes de acidentados que exaltados nos ameaçam de alguma forma.” Disse o enfermeiro Fernando que trabalha no SAMU em Bonito de Santa Fé.
Mas as ameaças não se restringem apenas nos locais onde ocorrem os acidentes. Uma enfermeira que trabalha no SAMU de Cajazeiras, que preferiu não revelar o nome dela, disse que na semana passada foi ameaçada de revólver por parentes de uma vítima quando ela prestava assistência dentro da ambulância do SAMU a um jovem que era transferido do Hospital Regional de Cajazeiras (HRC), para o Antonio Targino em Campina Grande.
“Quando parávamos para realizar algum procedimento no paciente éramos ameaçados por parentes dele que nos seguiam de carro, eles nos xingavam com palavras de baixo calão e até nos intimidavam com armas.” Disse revoltada a enfermeira.
Diante de tantas ameaças e constrangimentos, profissionais dessa área pedem maior segurança a polícia nos momentos de atendimento a vítimas.
