A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nesta sexta-feira (7), o balanço dos casos de dengue, zika e chikungunya registrados no último ano. O Boletim Epidemiológico mostrou que a Paraíba registrou um total de 27.400 casos prováveis de arboviroses, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Em virtude do período de altas temperaturas e possibilidade de chuvas, características do verão, a SES recomenda que os cuidados sejam redobrados para evitar a proliferação do mosquito transmissor e o aumento de novos casos.
Conforme o boletim, as Regiões de Saúde com maior incidência de casos foram a 3ª, 14ª e 15ª, na região da Borborema e do Litoral Norte da Paraíba. A variação para os casos prováveis de dengue, quando comparada a todo o ano de 2020, sofreu um aumento de 137%. Já para os casos prováveis de chikungunya houve um importante acréscimo de 426%, também comparados ao mesmo período do ano anterior. Enquanto para os casos prováveis de zika, houve um aumento de 324%.
De acordo com a técnica do Núcleo de Arboviroses da SES, Carla Jaciara, 87 municípios estão em alerta por conta da alta incidência de casos, acima de 200 registros. “De uma forma geral, quando comparado a novembro do último ano, há um crescimento tanto para dengue quanto para a chikungunya, porém esse quantitativo não é igualitário para os casos prováveis de zika, que tiveram um aumento bem discreto, em relação ao mês anterior”, ressalta a técnica.
Durante todo o ano de 2021 foram notificados 27 casos por vírus Zika em gestantes, confirmados por critério laboratorial, distribuídos em 13 municípios: Alagoa Grande (02), Aroeiras (01), Cabedelo (03), Campina Grande (03), Caturité (01), Cuité (02), Itapororoca (03), João Pessoa (01), Mamanguape (01), Natuba (01), Patos (02), Queimadas (05) e Santa Rita (02). Em relação aos óbitos, foram registrados 16 casos possíveis, sendo 04 confirmados por dengue, divididos entre os municípios de João Pessoa, Alcantil e Patos; e 01 óbito por chikungunya no município de Ibiara.
Diante do cenário, Carla Jaciara explica ainda que é necessário a população estar atenta e fazer uma varredura periódica a procura de focos do mosquito nas residências. “É importante estar sempre alerta a qualquer local que venha a acumular água, manter limpos os quintais, jardins e áreas abertas para evitar a proliferação de novos criadouros do mosquito e focos do Aedes aegypti, pois não há vacinas para arboviroses e o cuidado é a prevenção”, reforça.
A SES destaca que as ações propostas no ano de 2021 foram elaboradas de acordo com o vigente cenário da pandemia covid-19, no entanto, estas ações se voltam de forma articulada e integrada com videoconferências junto aos municípios e suas respectivas gerências regionais de saúde devido ao avançar da pandemia impossibilitar atividades presenciais. Em 2022, estão mantidas as propostas de agendas on-line para alinhamentos técnicos e solicitações de Planos de Contingência Municipais, como também assessoramento aos municípios que apresentavam óbitos suspeitos de arboviroses para a devida orientação e apoio.