Eleições 2022

Violência nas eleições: políticos discutem estratégias para conter ataques na Paraíba

Com a proximidade da campanha eleitoral, práticas que reforçam a intolerância política são uma ameaça à democracia. O assassinato do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), Marcelo Arruda, no último final de semana, em Foz do Iguaçu, tem desencadeado ações de políticos e partidos para evitar atos de violência durante as eleições deste ano.

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O deputado federal paraibano Aguinaldo Ribeiro (PP) terá pela primeira vez seguranças na eleição por medo de ataques, declarou o político ao Estadão.

Entre os pré-candidatos ao governo da Paraíba, João Azevêdo (PSB), que busca a reeleição, se reuniu com o setor de segurança para avaliar a possibilidade de reforço na equipe.

Veneziano Vital do Rêgo (MDB) declarou a disposição de realizar a campanha nas ruas sem a presença de seguranças ou esquema especial de proteção, porém, disse que ainda deve tratar da questão com o partido.

Um levantamento feito pela UniRio, divulgado no início desta semana, apontou que os casos de violência política cresceram 335% no Brasil nos últimos três anos. O levantamento considera crimes como ameaças, homicídios, atentados, homicídios de familiares, sequestros e sequestro de familiares de lideranças políticas.

Para a doutora em Ciência Política, Tássia Rabelo, o Brasil tem histórico grande de violência política, inclusive com assassinato de candidatos. “Temos elementos novos para essas eleições, como declarações do presidente incitando à violência, além da maior disponibilidade de armas. As palavras têm força. A política envolve o conflito, mas o conflito de ideias. A gente tem outros elementos que favorecem essa lógica, bolhas nas redes sociais, disseminação de fake news, teorias conspiratórias, que levam a um posicionamento muito extremado sobre as questões políticas”, analisou.

Partidos acionam TSE

O ministro Alexandre de Moraes, presidente em exercício do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), recebeu um pedido de providências dos partidos PCdoB, PSB, PSOL, PT, PV, Rede, Solidariedade, que compõem o movimento “Vamos Juntos pelo Brasil”. As legendas solicitam a contenção dos casos de violência política que vêm ocorrendo no país.

“As petições com o pedido de providências entregues à PGR e ao TSE relatam e evidenciam uma série de crimes, delitos e atos violentos cometidos contra atores que se opõem ao governo de Jair Bolsonaro e tem a única intenção de evitar que novas tragédias como a que tirou a vida Marcelo Arruda no Paraná voltem a acontecer Brasil afora”, explicam os advogados Eugênio Aragão e Cristiano Zanin que redigiram as peças jurídicas.

 

Com Portal T5

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