Apesar da suspensão, o intuito da categoria é continuar em greve, mas com as aulas acontecendo normalmente, no sentido de pressionar o governo a retomar as negociações da sua pauta, que inclui a reestruturação da carreira, melhoria das condições de trabalho e a modificação do Projeto de Lei que o governo enviou para mudar a carreira da categoria e que foi rejeitado pelos professores.
Na UFCG são quase 25 mil alunos. A reitoria informou que vai esperar o término da greve para estudar mudanças no calendário letivo, mas adiantou que o período 2012.2 deve se estender pelos primeiros meses de 2013. Na quarta-feira (5), professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) também se reuniram, mas decidiram pela manutenção da greve. Na instituição, são mais de 40 mil alunos sem aulas.
Já os servidores federais das duas universidades, que também estavam com as atividades paralisadas, decidiram aceitar a proposta do Governo Federal e voltaram ao trabalho na segunda-feira (27). A proposta do Governo Federal, que foi aceita pelos servidores, é de um reajuste salarial de 15,8% até 2015, a partir de 2013. Os servidores queriam 22% de aumento.Após 114 dias em greve os professores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) decidiram que podem suspender a greve a partir da segunda-feira (17). A decisão foi tomada em assembleia na quinta-feira (6). A categoria aprovou um indicativo de suspensão e vai informar ao Comando de Greve Nacional. Na terça-feira (11) será definido em uma nova reunião se eles voltam realmente e se as aulas serão recomeçadas no dia 17. O intuito e que todas as universidades federais deixem a greve. Os professores da UFCG vão aguardar um posicionamento do Comando Nacional dizendo se também vão suspender o movimento.
A Associação dos Docentes da UFCG informou que o movimento grevista e as reivindicações continuam, mas que eles querem suspender, ao menos temporariamente, a paralisação das atividades por entenderem que a medida não estava rendendo resultados. Eles avaliaram que a luta no Congresso para modificar o Projeto de Lei que modifica a carreira dos professores poderia demorar para obter resultados e a paralisação se estenderia por muito tempo.
G1 PB