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Vital do Rêgo acredita que seca não afetará obras do São Francisco

Presidente da Comissão Externa de Acompanhamento das Obras de Transposição de Águas do Rio São Francisco, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), afirmou nesta segunda-feira (01), que a seca que assola parte do País, não afetará as obras da transposição do Rio São Francisco.

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Reforçando as informações do Ministério da Integração Nacional e da Agência Nacional de Águas (ANA), que deu a outorga da obra, Vital garantiu que estudos feitos pelo governo, garantem que, mesmo em períodos de seca no Nordeste e no Sudeste, a transposição não corre o risco de não dar certo. “Os estudos apontam para viabilidade da transposição mesmo em período de seca” disse.

Ele lembrou que o volume a ser retirado do Velho Chico para garantir o funcionamento da transposição é muito pequeno. Segundo a ANA, “a transposição será feita de 26 metros cúbicos por segundo como vazão firme, para uma vazão mínima hoje de 1.100 metros cúbicos”.

Com base nesses dados, Vital não tem dúvida de que  o impacto com a transposição não será é significativo, e não comprometerá o projeto apontado como redenção do Nordeste. “Os estudos mostram que o impacto da retirada da água dos canais do projeto de integração do São Francisco é quase desprezível na água disponível no rio”, afirma o senador reforçando as declarações do ministro da Integração, Francisco Teixeira.

O senador paraibano enfatizou que as obras estão avançando a cada dia, sendo que as do túnel “Cuncas 1”, o mais extenso para transporte de água da América Latina que integra o projeto da Transposição do Rio São Francisco, já está com 94,4% do nível de execução. Com 15 quilômetros de extensão e seção de 9 metros de altura por 9 de largura, o túnel interliga os estados de Ceará e Paraíba, pelo eixo Norte do projeto de Integração do Rio São Francisco.

Ao todo, o Projeto de Integração do Rio São Francisco é formado por 477 km de extensão, 14 aquedutos, nove estações de bombeamento, 27 reservatórios e quatro túneis. A obra, que vai beneficiar 12 milhões de pessoas nos Estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, está com 66,1% de sua execução física concluída.

Iniciadas em 2007, e hoje orçada em 8,2 bilhões, as obras da transposição do rio estão quase 70% concluídas.

A captação da água para transposição será feita em dois trechos onde o nível do rio é controlado pelo Ministério de Minas e Energia. Esse controle existe há mais de 30 anos e é feito na Barragem de Sobradinho, no sertão da Bahia. Em um dos maiores lagos artificiais do mundo, o ministério define o volume de água que vai ser liberado para três hidrelétricas ao longo do São Francisco: as usinas de Itaparica e Paulo Afonso, ambas na Bahia, e Xingó, em Sergipe.

O primeiro canal da transposição, o eixo norte, tem início a 222 quilômetros da Barragem de Sobradinho. O eixo norte começa no município de Cabrobó. Em um ponto, a 20 quilômetros do centro da cidade, o canal está pronto para receber a água do Rio São Francisco. O eixo norte vai de Cabrobó, em Pernambuco, até Cajazeiras, na Paraíba, num percurso de 260 quilômetros.

Cento e trinta e cinco quilômetros rio abaixo começa o canal do eixo leste, que capta água do reservatório da hidrelétrica de Itaparica. Ele terá 217 quilômetros de Floresta, em Pernambuco, até Monteiro, na Paraíba.

Quando a obra estiver pronta, a água vai passar por nove estações de bombeamento que vão fazer com que alcance 12 milhões de pessoas em 390 municípios.

A água já corre, em fase de testes, em parte do eixo leste, sendo captada no reservatório de Itaparica e chegando até a recém-construída Barragem de Areias, em Pernambuco.

Assessoria