Em meio à crise hídrica em todo o Sertão nordestino, causada pelas precipitações abaixo da média ao longo dos últimos três anos, a perfuração e instalação de poços artesianos domésticos para captação de águas subterrâneas é a solução de muitas famílias que vivem na zona rural.
Um dos municípios onde foram perfurados mais poços artesianos é São José de Piranhas. Segundo os responsáveis por uma empresa da cidade de Patos, que perfurou pelo menos quatro unidades somente esta semana, a procura pelas máquinas perfuratrizes tem aumentado em todo Alto Sertão da Paraíba.
O preço de um poço de 50 metros de profundidade custa R$ 5 mil, uma média de R$ 100 por cada metro perfurado. Mesmo que o poço não tenha água depois de pronto, o proprietário ainda precisa desembolsar uma quantia de R$ 3.500 pelo custo do serviço. Nesse caso, é prejuízo certo.
A extração de água pelo usuário privado, ou mesmo público, reduz a pressão sobre o sistema público de abastecimento, já que muitas comunidades necessitam de carro-pipa dos governos federal, estadual e municipal para encher cisternas e outros reservatórios para garantir água para as famílias.
Por: Dida Gonçalves