Vívian Gomes Soares, de 23 anos, e Fernanda Galvão Bueno, de 22 anos, foram presas na manhã deste sábado (9) suspeitas do homicídio do empresário natural de São José de Caiana (PB), Adailton Lima da Silva, de 39 anos, e da tentativa de assassinato da noiva dele.
O crime aconteceu no Cidade Satélite, zona Oeste de Boa Vista no Estado do Amazonas, em setembro de 2014. Na época, um adolescente de 17 anos foi apreendido e confessou ter matado o caianense.
Durante as investigações, a polícia concluiu que as duas jovens também têm envolvimento com o crime. Elas foram detidas no bairro dos Estados, zona Norte da capital, por agentes do 4º Distrito Policial (DP).
“As duas e o garoto eram funcionárias do empresário aqui em Boa Vista. Ele morava em Boa Vista e começou a desconfiar que elas estavam desviando mercadoria da firma dele e veio para a cidade verificar o que estava acontecendo”, informou um policial que preferiu não se identificar.
Ainda de acordo com o agente, a Delegacia Geral de Homicídios (DGH) apurou que, no dia do crime, as jovens, o adolescente e as vítimas estavam trabalhado fazendo visitas a supermercados da cidade.
“Eles estavam em dois carros. Os suspeitos em um e o empresário em outro com a esposa. Em certo momento, eles [suspeitos] furaram de propósito o pneu do carro em que estavam para que Vívian e o menor fossem para o veículo das vítimas, enquanto Fernando ficou com o carro deles. Já no automóvel de Adailton, o adolescente usou uma faca para cortar o pescoço do empresário e Vívian tentou enforcar a noiva dele com um fio, mas não conseguiu”, relatou o policial.
Na época do crime, o rapaz foi preso e afirmou que Vívian não tinha envolvimento com o homicídio e a tentativa. “Peguei uma faca. Minha prima não teve participação, não sabia que eu ia fazer isso. Eu ainda tentei matar a noiva dele com a mesma faca, mas ela começou a gritar e eu saí andando do veículo”, disse à época. No início das investigações, o nome de Fernanda não havia sido mencionado pela polícia à imprensa.
Polícia diz ter monitorado suspeitas por uma semana
O adolescente afirmou que matou Adailton porque o homem era ‘grosso’, ‘gritava o tempo todo’ e ‘humilhava’ ele e Vívian. Segundo o agente, ele foi levado ao Centro Socioeducativo (CSE) de Roraima na época e depois transferido para o Centro Socioeducativo Dagmar Feitosa, no Amazonas, onde ainda está apreendido.
Concluído o inquérito policial, que foi presidido pelo então titular da Delegacia Geral de Homicídios Juraci Rocha, o caso foi encaminhado para a justiça e um mandado de prisão preventiva foi expedido pela 1ª Vara do Júri no dia 6 de abril.
De acordo com um agente do 4º DP, as jovens foram localizadas pelos policiais há cerca de uma semana e vinham sendo monitoradas. “Estávamos esperando o melhor momento para proceder”. Ele afirmou que elas não ofereceram resistência na hora da prisão.
As suspeitas foram conduzidas à Central de Flagrantes no 5º Distrito Policial para o cumprimento do mandado de prisão e serão encaminhadas para a Cadeia Pública Feminina, onde ficarão à disposição da Justiça. O advogado delas esteve na delegacia, mas não quis falar com a imprensa.
Com DiamanteOnline