Através do Consórcio, os municípios paraibanos, depois de municipalizados os serviços, poderão adquirir energia elétrica na Chesf, sem a intermediação da Energisa, para assim gerar uma economia de 100 milhões de reais por ano aos cofres públicos municipais
O presidente da União Brasileira de Municípios (Ubam), Leonardo Santana, garantiu hoje que os prefeitos de todos os municípios paraibanos assinarão a Ata de criação do Consórcio Energético dos Municípios, que será denominado pela sigla CONERGEM.
Segundo ele, há unanimidade entre os gestores quanto à necessidade de significativa redução dos gastos com a maquina administrativa, uma vez que as prefeituras continuam asfixiadas pela crise que começou em 2008 e vem causando todo tipo de lesão irreparável nas finanças dos pequenos entes federados.
A Ubam tem mantido entendimentos com os prefeitos e deputados para buscar o fortalecimento do CONERGEM e a realização de audiências públicas nas principais micro-regiões do Estado, do litoral ao sertão.
Leonardo lamentou que, mesmo com tantos eventos, encontros em Brasília, discursos, reuniões com o governo da União e peregrinação no congresso, a situação dos municípios só tenha piorado, inclusive obrigando prefeitos a tomar medidas extremas, a exemplo de demissões e diminuição dos cargos comissionados, para adequação à Lei de Responsabilidade Fiscal.
Ele destacou que um dos maiores custos para as prefeituras é a energia elétrica, considerando os valores e aumentos abusivos, já que a maioria das prefeituras ainda paga parcelamentos de débitos junto a Energisa, que registra todos os anos lucros alarmantes que ultrapassam a casa dos 200 milhões de reais, sem nenhum investimento social, levando esses recursos para serem investidos fora da Paraíba.
O dirigente municipalista voltou a criticar a classe política brasileira pelo descaso com os projetos de energia renovável, o que poderia tornar os municípios independentes dessa política injusta de preços da energia elétrica praticada companhias que já foram estatais e hoje funcionam apenas como sangradoras dos recursos públicos e do pouco que a população em geral dispõe para viver.
“A energia elétrica é tratada no Brasil como um objeto de alto luxo e lucratividade, deixando de ser um bem de consumo essencial à vida, a qual deveria ser uma obrigação do Estado para mantê-la ao alcance dos cidadãos”
“Os municípios têm capacidade de gerar energia solar e eólica, porém não há investimento nessa área e isso os coloca em perigo de um grande apagão por tempo indeterminado.” Finalizou o presidente da Ubam.
Assessoria Ubam