O deputado Luiz Couto (PT-PB) criticou no plenário da Câmara a intolerância religiosa que no Brasil atinge segmentos sociais mais vulneráveis. Entre eles, o deputado destaca os negros e os indígenas como as principais vítimas. De acordo com o parlamentar, apesar de a Constituição brasileira, em seu artigo 5º, consagrar como inviolável a liberdade de consciência e de crença, esses grupos são desrespeitados e vistos como infiéis.
“Para muitas instituições católicas e evangélicas, os grupos que não seguem essas denominações religiosas são condenados a terríveis castigos de um Deus vingativo e intolerante. Também são vítimas desse fundamentalismo, os espíritas, os ciganos, os budistas, os judeus, os muçulmanos e os bahais”, disse Luiz Couto.
O parlamentar petista defendeu uma cultura de paz, de fraternidade e de solidariedade para combater a intolerância religiosa. “Uma cultura de paz que se contraponha à cultura de violência, de demonização e de opressão. Para isso, é necessário respeitar a diversidade cultural, não aceitando as desigualdades sociais. Isso significa que tolerância não é apenas uma aceitação passiva, morna ou paternalista entre diferentes, mas uma ação positiva solidária na superação das desigualdades sociais”, explicou.
Luiz Couto elogiou ainda iniciativas do Estado brasileiro no sentido de valorizar a diversidade religiosa. “A Lei 11.635, de 2007, instituiu o 21 de janeiro como Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. Além disso, foi editada uma cartilha e elaborado um vídeo sobre diversidade religiosa e direitos humanos, pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos”, disse.
Redação com Assessoria