A criação de uma universidade pública autônoma para o Sertão paraibano a partir da desvinculação dos campi da UFCG na região é um assunto que anda adormecido desde que professores e alunos que são contra essa ideia conseguiram vencer os debates diante dos que são a favor.
Desde o início de 2014 que não se falam mais na criação da chamada “Universidade do Sertão”. Mas para o empresário Alexandre Costa, presidente do Sindicato do Comércio de Bens e Serviços de Cajazeiras (Sindbens), o assunto não foi superado definitivamente e deverá voltar à tona em 2016.
Empresários e representantes de entidades de classe são a favor da criação da “Universidade do Sertão” por acreditarem que ela traria mais desenvolvimento econômico para a cidade. Já entre a comunidade acadêmica nos campi da UFCG da região as opiniões são divididas, com ligeira maioria para os que são contra. Entre outras coisas, eles temem que sem o apoio da UFCG os campi sertanejos enfrentem dificuldades financeiras e estruturais.
Mas apesar de ser a favor da desvinculação, Alexandre Costa não está otimista com relação a Cajazeiras ser a sede da “Universidade do Sertão”. Caso a nova universidade seja criada, Patos sairia na frente na corrida para sediá-la por oferecer melhor estrutura e mais serviços essenciais para o seu funcionamento regular, segundo Alexandre.
O empresário voltou a criticar a falta de interesse dos políticos em resolver problemas considerados por ele de extrema urgência para Cajazeiras, como a conclusão e homologação do novo aeroporto, aumento de leitos hospitalares, construção de um Instituto Médico Legal (IML), entre outros. “Sem essas referências, Cajazeiras está fora do páreo para sediar a ‘Universidade do Sertão’”, disse ele.
Segundo Alexandre Costa, os empresários têm feito a parte deles dentro das suas possibilidades, participando diretamente nas vitórias importantes que a cidade alcançou nos últimos anos e às vezes até conquistando essas vitórias praticamente sozinhos, como foi o caso da construção do laboratório de Anatomia do curso de Medicina da UFCG, que só foi possível graças à mobilização da categoria.
Agora o principal objetivo da classe empresarial é fazer funcionar o novo aeroporto de Cajazeiras, que permanece sem poder receber voos comerciais regulares porque ainda não foi homologado pela Agência Nacional de Aviação (ANAC). Os empresários estão providenciando uma consultoria detalhada para apontar o que ainda impede a homologação do aeroporto e encaminhar o resultado às autoridades públicas.
Redação CZN