Paraíba

Seca altera cronograma de aulas em escolas de 20 municípios da Paraíba

aula e águaO cronograma de aulas foi modificado em escolas de 20 municípios da Paraíba por conta da seca no estado, de acordo com dados levantados pela pela Associação dos Professores de Licenciatura Plena do Estado da Paraíba (APLP). As férias foram antecipadas em algumas instituições. Em Sousa, no Sertão, por exemplo, as aulas vão terminar 23 dias antes do previsto. Ainda segundo a APLP, com esta decisão, cerca de 40 mil alunos  atingidos. (Veja o vídeo acima).

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Ainda em Sousa, além do calendário letivo, a merenda escolar também precisou ser modificada. Os alimentos regionais foram substituídos pelos industrializados, como explica a secretário de educação da cidade Nádila Pinto. “Nós fazemos adaptações”, disse ela.

Já em Santa Luzia, também no Sertão do estado, a água só chega de caminhonete, com um tanque de mil litros para abastecimento de no máximo três dias. “Essa água é insuficiente para a demanda da escola. Nós temos passado muitas dificuldades”, frisou a professora Gerlany Batista.

Em relação à antecipação, alguns alunos relataram a preocupação se haverá tempo suficiente para todos os conteúdos serem ministrados.

O G1 solicitou informações sobre o caso para a Secretaria de Educação do Estado, mas até a publicação dessa reportagem as respostas não tinham sido enviadas.

Segundo o presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), Tota Guedes, esta antecipação é possível no caso do cumprimento dos 200 dias letivos obrigatórios pelo Ministério da Educação (MEC).

O estado de emergência de 170 cidades da Paraíba por conta da estiagem foi prolongando no dia 15 de outubro deste ano. Conforme decreto assinado pelo governador Ricardo Coutinho (PSB) e publicado no Diário Oficial do Estado, o prazo com o estado de emergência foi prolongado por mais seis meses. A validade do último decreto, datado de abril, terminaria no dia 20 de outubro.

Ainda de acordo com Tota Guedes, a seca pode não ser o único motivo dessa antecipação. “O argumento não é tanto a seca, mas a crise que os municípios enfrentam. Com a antecipação, os gestores podem estar querendo diminuir as despesas de final de ano, diminuindo os gastos com hora-aula de professores, alimentação e transporte. A seca é o mínimo”, explicou.

G1 PB

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