O ex-deputado estadual Fabiano Lucena (PSDB) falou pela primeira vez, nesta quarta-feira (7), sobre a sentença judicial que lhe condenou a pena de quatro anos e oito meses prisão. Em entrevista ao programa Polêmica Paraíba, da Paraíba FM, ele disse que foi injustiçado e garantiu que vai impetrar um recurso pedindo que a decisão seja revista.
A condenação contra Fabiano saiu na edição de sexta-feira do diário eletrônico da Justiça Eleitoral. Ela foi proferida pelo juiz Eslu Eloy Filho, da 77 ª Zona Eleitoral. O ex-deputado responde pela prática de corrupção eleitoral, por supostamente ter comprado votos nas eleições de 2004 e 2006. A Justiça determinou que além do período de reclusão, em regime semiaberto, ele também tenha os direitos políticos suspensos.
“Vamos levar nossos argumentos e esperamos que ele (o juiz) reveja”, disse o ex-deputado Fabiano Lucena durante a entrevista. Entre os argumentos que Fabiano diz fundamentar sua inocência está o fato de, segundo ele, a Justiça não ter ouvido nenhuma testemunha que prove sua culpa. “Vou pessoalmente levar meus esclarecimentos e farei isso também pelo instrumento legal que é o embargo infringente”, completou.
O ex-deputado disse também que em uma ação com acusação similar ele foi considerado inocente no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba e no Tribunal Superior Eleitoral. Lucena informou que vai esperar a citação judicial para poder recorrer.
A ação foi proposta pelo Ministério Público Eleitoral e acusa o ex-deputado Fabiano Lucena, o suplente de vereador João Almeida (PMDB) e mais 33 pessoas por formação de quadrilha destinada à compra de votos, através do oferecimento de valores e bens materiais.
Na ação, o MPE estima que o réu aliciou, no mínimo, os votos de três mil eleitores. Conforme as investigações, eles atuaram nas eleições de 2004, em benefício dos denunciados João Almeida de Carvalho Júnior e James da Costa Barros (à época, candidatos ao cargo de vereador em João Pessoa), e no pleito de 2006, em favor de Fabiano Lucena.
Jornal da Paraíba