Cidades

Agentes de saúde de Barro-CE param atividades e cobram piso salarial e condições de trabalho

Barro parouCerca de 50 agentes comunitários de saúde e 15 de Endemias, vinculados à Prefeitura de Barro no Ceará, paralisaram as atividades nesta terça-feira (19), cobrando reposições salariais e condições de trabalho para a categoria, que há 3 anos não recebe nem mesmo o fardamento.

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Segundo informações passadas ao portal Radar Sertanejo, pelo Sindicato Regional dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes Comunitários de Endemias, a reivindicação é pelo retorno do pagamento do incentivo financeiro referente a 30% do piso nacional, verba oriunda do Ministério da Saúde através de fundo a fundo. No caso dos agentes de Endemia eles cobram o 14 º salário que a Prefeitura não pagou.

Ainda de acordo com o Sindicato, esse incentivo sempre era pago pelas administrações anteriores, mas foi suspenso pelo prefeito Neneca Tavares faz um ano.

– Vem um piso salarial mensalmente destinado a cada agente de saúde para pagamento, insumos de material para o trabalho diário e mais 30% de repasse em forma de incentivo financeiro, mas estamos desprovidos disso.

De acordo com Maria Estela Pereira,  que está à frente da mobilização, falta até material para o trabalho, os agentes não têm fardamentos e trabalham há 3 anos sem uma balança, que é essencial ao trabalho deles. Sem diálogo nem a atenção do gestor, a categoria decidiu pela paralisação.

Ficou marcada para o dia 27 de janeiro, quarta-feira, uma reunião dos agentes com a assessoria jurídica da Prefeitura, caso o gestor não decida fazer o repasse ou não proponha uma negociação, o sindicato vai organizar um novo movimento grevista.

Saiba mais – São 50 Agentes Comunitários de Saúde, 23 do município e 27 do estado. O ministério manda mensalmente através do fundo nacional de saúde R$ 50.700,00 ou seja 1.014,00 reais por agente, este é o piso nacional, então os 27 do estado recebem através do governo do Ceará. Assim, quando a prefeitura paga os 23 ACS do município, que soma R$ 23.322,00,  resta R$ 27.378,00, desse total era tirado R$ 15.200  do incentivo e ainda sobra, R$ 12. 178,00 para insumos de trabalho, como fardamento, balanças e demais outras coisas essenciais para a proteção diária. E há 12 meses foi suspenso o incentivo e os agentes trabalham com a coragem e a determinação, não recebem fardamento há 3 anos, em fim nada.

Por Dida Gonçalves
Radar Sertanejo

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