O juiz Antônio Carneiro de Paiva Junior determinou, no final da tarde desta sexta-feira (1º), que a Polícia Civil realize, num prazo de 48 horas, a exumação do corpo do cabo da Polícia Militar Heide Carlos Gomes. Ele morreu na noite da última terça-feira (29), após passar mal durante um treinamento do curso de formação do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate).
O delegado geral da Polícia Civil, João Alves, informou que a exumação, sob a responsabilidade da Delegacia de Homicídios da Capital será feita na segunda-feira (4), por peritos do Departamento de Medicina Legal (DML). A exumação foi pedida pela família do cabo.
Caso a determinação seja descumprida, a Justiça vai aplicar multa diária no valor de R$ 1 mil, sem prejuízo da responsabilização de crime de desobediência.
Conforme o major Otávio Ferreira, comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar da Paraíba, corporação responsável pelo curso de formação do Gate, o cabo Heide passou mal após uma corrida de quatro quilômetros pela BR-230, entre a sede da cavalaria da PM, no bairro do Cristo Redentor, e a sede do Gate, no Jardim Veneza, ambos em João Pessoa, na manhã de segunda-feira (28.
De acordo com o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, para onde o cabo foi socorrido, ele teve uma paralisia nos rins, que acabou gerando uma parada cardiorespiratória. O cabo chegou a ser reanimado pelos médicos e encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas acabou tendo uma segunda parada cardiorespiratória e não resistiu.
O corpo do cabo foi enterrado na quarta-feira (30), no cemitério Parque das Acácias, no bairro José Américo, em João Pessoa.
No despacho, o juiz salienta que há indícios de grave risco aos participantes do curso, com necessidade de se regular a integridade dos participantes e a regularidade da capacitação.
O juiz Antônio Carneiro ainda determinou a suspensão das atividades práticas do curso. O delegado João Alves disse que o curso já estava com suas atividades suspensas.
Portal Correio