O Grupo Amigos da Barreira (GAB), que reúne representantes de vários setores da sociedade civil, protestaram, neste sábado (09), contra a negligência da Prefeitura de João Pessoa (PMJP) com a falésia do Cabo Branco, que há anos espera pelo início das obras de contenção da barreira. Na manifestação, ele “abraçaram” a falésia, que sobre com o processo de erosão pluvial e intervenções humanas, tem se degradado dia após dia.
Um estudo de impacto ambiental (EIA-RIMA) foi realizado em 2008 para investigar os danos já causados à barreira, diagnosticar qual melhor tipo de intervenção ou obra para amenizar a ação destrutiva do tempo e projetar o que pode acontecer caso não seja realizado nada no local ao menos nos próximos 20 anos.
O EIA-RIMA, que custou um pouco mais de R$ 500 mil reais e realizado por pesquisadores de várias universidade do Nordeste, apontou que ao menos se decresce dois metros/ano da barreira com o impacto das ondas e com os desmoronamentos, decorrentes das obras de engenharia que estão nas proximidades.
Para além disto, a projeção é de que em 20 anos, a barreira do Cabo Branco, bem como o Farol, principais pontos turísticos da região, possam sequer existir.
Em 2010, o Governo Federal liberou aproximadamente R$ 7 milhões de reais para realizar a primeira etapa das obras de contenção e revitalização do espaço. O ano é 2016 e até agora nenhuma intervenção foi realizada.
Em dezembro de 2013, estes recursos estavam perdendo validade, ou seja, retornariam para União. Mas, o prefeito Luciano Cartaxo (PSD) conseguiu renovar o convênio, com o Ministério do Turismo, à época, e anunciou, em novembro de 2014, que iria começar a executar as obras.
“Recebendo esse projeto vamos licitar, porque há muito tempo se fala em salvar a barreira do Cabo Branco e nada avançou. Nós destravamos as obras no local”, disse.
Paraíba Já