Destaque 2Política

PT-PB veta alianças nas eleições municipais com partidos pró-impeachment

A Executiva Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) na Paraíba já começa a anunciar as primeiras medidas após a aprovação da abertura do processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), neste domingo (17), na Câmara dos Deputados. De acordo com nota divulgada pela presidente estadual da legenda, Giucélia Figueiredo, os filiados que são pré-candidatos estão proibidos de se aliar a legendas que votaram a favor do impedimento da chefe do Executivo Nacional.

- PUBLICIDADE -

Na manhã desta segunda-feira (18) dirigentes e parlamentares do PP da Paraíba estiveram reunidos para analisar os últimos acontecimentos a partir da votação do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff liderado pelo presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB).

Da reunião foi produzida uma nota que enfatiza o caráter ilegal do impeachment liderado por um réu no STF que atua “contra uma mulher que não tem contra si nenhum processo ou acusação em sua vida pública ou privada”, além de “uma Câmara dos Deputados que, em sua maioria, é composta por parlamentares comprovadamente corruptos sustentados financeiramente pelas propinas articuladas pelo presidente da Casa”.

Para a presidenta estadual do PT da Paraíba, Giucélia Figueiredo, cabe à Frente Brasil Popular pensar os próximos passos, já que agora o processo segue para o Senado Federal: “Ontem perdemos uma batalha, mas esta é uma longa disputa. As forças democráticas já são maioria nas ruas e na opinião pública. A Câmara dos Deputados não espelha o que está posto nas ruas de nosso país, que é a defesa intransigente da democracia. A luta apenas começou”.

No texto também foi colocado o partido irá vetar qualquer aliança nas eleições municipais de 2016 na Paraíba, com os partidos que aderiram na Câmara dos Deputados ao golpe contra a democracia.

Leia a Nota na integra

NOTA

O Brasil amanheceu ferido pelo desrespeito a Constituição e manchado por mais um golpe em curso em nossa história. Depois de não reconhecer o resultado das urnas em 2014, a direita tenta tirar do governo de forma ilegítima a presidenta Dilma Rousseff, para atacar todos os direitos sociais conquistados pelos 13 anos de governos petistas e pela Constituição de 1988.

Há um processo ilegal de impeachment, liderado por um réu no STF, por vários crimes de corrupção, contra uma mulher que não tem contra si nenhum processo ou acusação em sua vida pública ou privada. O golpe atende a interesses do grande empresariado, sobretudo os que se organizam a partir da FIESP, dos banqueiros organizados na FEBRABAN, pelo agronegócio e pela grande mídia, liderada pela Rede Globo, Folha de São Paulo, Veja e seus medíocres replicadores regionais.

Uma Câmara dos Deputados que, em sua maioria, é composta por parlamentares comprovadamente corruptos sustentados financeiramente pelas propinas articuladas pelo presidente da Casa. É desta forma, aliás, que Eduardo Cunha mantém sua nefasta maioria.

O fato é que, diferente de seus acusadores, a presidenta Dilma Rousseff não consta em listas de propinas de empreiteiras, tampouco possui recursos ilegais em contas no exterior. Em seu governo, não há nenhum dolo, falcatrua ou prejuízo ao erário público. Diferente dos golpistas, Dilma não consta nas investigações da operação Lava Jato.

O golpe também é uma ação orquestrada e operada dentro do Palácio do Jaburu, residência oficial do Vice Presidente Michel Temer, que conspira contra a democracia desrespeitando a soberania popular e o voto de 54 milhões de brasileiros e brasileiras.

Os golpistas ganharam apenas uma batalha. Temos muita luta pela frente e caberá ao Senado Federal ouvir a voz das forças democráticas de nosso país, enterrando de vez o escárnio à nação promovido por Eduardo Cunha e Michel Temer.

Não poder haver paz nem respeito para com os parlamentares que votaram a favor do golpe. Devemos, desde já e, sobretudo, no próximo dia 21 de abril denunciar cada um destes mercenários como traidores da pátria.

Neste sentido, a Direção Estadual do PT da Paraíba, sua Bancada Estadual, a Direção do PT em João Pessoa e seu representante na Câmara Municipal, vem à público decidir e orientar sua base social no seguinte sentido:

1. Continuar e intensificar a nossa participação na Frente Brasil Popular, que aglutinando os setores de esquerda e progressistas da sociedade, está enfrentando o golpe em curso;

2. Cobrar do Governo Federal, composição de um novo ministério compactuando com as forças democráticas e imediata mudança na política econômica, medida da qual depende em grande parte o nosso êxito na luta pela democracia.

3. Vetar qualquer aliança nas eleições municipais de 2016 na Paraíba, com os partidos que aderiram na Câmara dos Deputados ao golpe contra a democracia.

DIREÇÃO ESTADUAL DO PT PB
DIREÇÃO MUNICIPAL DO PT DE JOÃO PESSOA
João Pessoa, 19, de Abril de 2016

Wscom

Deixe uma resposta