A Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa) registrou chuvas em 35 cidades paraibanas entre as 7 horas da manhã da segunda-feira (9) e o mesmo horário desta terça-feira (10). Os maiores índices pluviométricos ocorreram no Sertão e os municípios onde mais choveu foi Teixeira, com 119 milímetros, quase o dobro da média histórica do mês, que é de 67 milímetros, e São José de Piranhas, onde houve registro de até 130 mm.
Também ocorrem chuvas significativas em São José de Piranhas (100,2 mm), Patos (82,5 mm), Cajazeiras (78 mm) e Serra Grande (72,3 mm). “Estes altos índices pluviométricos foram provocados pelo sistema meteorológico Vórtice Ciclônico de Altos Níveis. O VCAN, como chamamos, está contribuindo para o aumento da nebulosidade em grande parte do Nordeste do Brasil. Na Paraíba, o tempo deve permanecer instável com bastante nebulosidade e chuvas isoladas até a manhã da quarta-feira (11)”, explicou o meteorologista da Aesa, Lindenberg Silva.
Nas regiões do Litoral, Brejo e Agreste não foram registradas chuvas significativas. No Cariri, a Sala de Situação da Aesa contabilizou 31 milímetros em Ouro Velho, 22 em Monteiro e 19,9 no município de Prata. “Estamos na pré-estação chuvosa do semiárido paraibano. A estação propriamente dita ocorre entre os meses de fevereiro e abril, quando as chuvas devem ocorrer com mais regularidade no Sertão”, acrescentou Lindenberg.
Monitoramento – A Sala de Situação da Aesa, também conhecida como Centro de Gestão de Situações Críticas, monitora a variação climática de forma ininterrupta em todo o Estado, possibilitando a prevenção de eventos críticos como secas e enchentes. Ela funciona em Campina Grande, onde técnicos do Governo do Estado trabalham em sistema de plantão, acompanhando em tempo real os dados enviados pelas estações meteorológicas.
“No caso de previsão de chuvas de forte intensidade, por exemplo, emitimos um aviso alertando as autoridades. Além disso, diariamente nós elaboramos boletins meteorológicos que ficam à disposição de todos na internet”, explicou o presidente da Aesa, João Fernandes da Silva. A página da Aesa na internet, www.aesa.pb.gov.br, também disponibiliza informações sobre autorização para uso da água bruta e o trabalho desenvolvido pelos comitês de bacias.
É importante lembrar que além dos dados oficiais da Aesa, outros voluntários também medem os índices pluviométricos e por isso pode apresentar diferença com outros dados divulgados, dependendo da localidade onde o pluviômetro é instalado.
Radar Sertanejo com Secom