Membros do Comitê de Gestão da Crise Hídrica do Ministério Público da Paraíba participaram, essa semana, de uma reunião no Ministério da Integração Nacional, em Brasília, sobre a transposição do rio São Francisco. Participaram o procurador de Justiça Francisco Sagres, o procurador-geral de Justiça, Bertrand de Araújo Asfora, e o responsável pelo projeto da transposição, Antônio de Pádua.
De acordo com o procurador Francisco Sagres, entre os assuntos abordados estava a questão das bombas da Estação Elevatório 6, em Sertânia, município de Pernambuco, que jogam a água para a Paraíba. Ele salientou que não existem duas bombas quebradas. O procurador explicou que uma das duas bombas da Elevatória 6 sofreu trepidação além do normal e, para evitar dano maior, ela foi retirada e encaminhada para a fábrica, em São Paulo, para correção da vibração. Por isso, a vazão da água para a Paraíba está em 4,5 metros cúbicos por segundo (sendo feita por uma bomba) e não os nove metros cúbicos previstos no projeto.
Ele ressaltou que a bomba deve retornar da fábrica em 10 dias, o que vai proporcionar uma vazão de nove metros cúbicos. “A fábrica já está trabalhando na bomba e tudo está sendo acompanhado por um engenheiro mecânico”, acrescentou Sagres. O procurador informou ainda que essa situação ocorreu antes da inauguração da transposição, ocorrida em Monteiro, na última sexta-feira (10).
Ainda segundo o procurador, a barragem de Barreiro, em Pernambuco, está enchendo gradativamente, para evitar qualquer dano, já que, no início do mês, houve um vazamento. Porém quando a barragem, juntamente com os reservatórios de Campos e Barro Branco, estiver cheia, a água vai fluir naturalmente, sem necessitar de bomba.
Francisco Sagres disse ainda que nada disso vai alterar o prazo para a água chegar a Campina Grande. Ele ressaltou que o açude de Poções já está quase cheio e, dentro de dois dias, já deve sangrar. “Esclarecemos à população que nada de anormal está acontecendo. Tudo transcorre normalmente”, concluiu.