Um noivo, de 21 anos, fugiu do altar da Paróquia de Santo Antônio, em Campina Grande (PB), na noite desta quinta-feira (10), durante o casamento.
Ele surpreendeu o padre, a noiva, os convidados e quatros policiais civis que se preparavam para prendê-lo após a cerimônia religiosa. Ele é procurado por homicídio desde 3 de janeiro deste ano e conseguiu escapar dizendo que estava se sentindo mal e que precisava ir ao banheiro antes de trocar as alianças.
“É até comum que os noivos passem mal por causa da emoção do casamento. Ele me pediu para parar a cerimônia, pois estava com alguma dor de estômago e pediu para usar o banheiro que fica atrás da casa paroquial. Foi e não voltou. Depois disso, a própria noiva disse que eu poderia encerrar a cerimônia”, disse o padre Hermes Fernandes de Macêdo.
Para Ariovaldo Adelino de Melo, delegado regional de Campina Grande, o noivo deve ter reconhecido um dos policiais que participavam da operação na igreja e fugiu. “Se não foi isso, alguém que estava na igreja reconheceu um dos policiais e o avisou. Como ainda responde a outros dois processos por homicídio, ele não quis ir para a prisão antes da lua de mel.”
O delegado disse que o noivo foi condenado, em 2009, a 16 anos de prisão pelo crime de homicídio. “A defesa recorreu da decisão e ele esperou em liberdade. O Tribunal do Júri de Campina Grande confirmou a sentença inicial e ele passou a ser considerado procurado da Justiça desde o começo deste ano. Acho que ele não sabia disso”, afirmou Melo.
O padre disse que os noivos chegaram a realizar o casamento civil, na manhã de quinta-feira. “Eu fiz a leitura do evangelho, a omnia, perguntei aos noivos se estavam ali de espontânea vontade, se juravam fidelidade e se estavam dispostos a criar seus filhos de acordo com os costumes cristãos. Em seguida, em faria o diálogo e a troca das alianças, mas o noivo fugiu”, disse Macêdo.
O religioso disse que nunca soube de algo parecido em dez anos como padre. Ele dirige a Paróquia Santo Antônio, que fica na Rua Santo Antônio, no Bairro Santo Antônio. “Acho que eles se apegaram ao santo errado, pois Santo Antônio não é casamenteiro. Ele tem fama, mas, na verdade, é o pai dos pobres, homem de caridade. O santo ficou com fama de casamenteiro no Brasil por ajudar mulheres pobres a pagar o dote”, disse o padre.
G1