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CURIOSIDADES: O lado engraçado de Wilson Braga

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Primeiro governador eleito pelo voto direto depois do período ditatorial, Wilson Braga foi, sem dúvida, um governante que primou pelo social. Construiu açudes, barragens e dizem os mais entendidos que a Paraíba hoje ainda não morre de sede graças aos açudes que ele construiu. Homem de muitas facetas, Braga tinha também seu lado desligado e engraçado. Confira nos causos adiante:

Matador de gente
Sales Ferreira, o cri-cri de Mané Raposo, entrou de supetão na sala da Associação dos Procuradores e lá encontrou o deputado Wilson Braga conversando com Valdir dos Santos Lima. Wilson parou a conversa e convocou Sales:
-Sales amigo, preciso que você faça uma revisão no livro da deputada Lúcia Braga”.
E sales:
-Wilson, literatura é com Mané Raposi, eu só sirvo pra matar gente.”

Trocando as bolas
Wilson Braga esperava a vez de ser entrevistado na Rádio Sanhuá confortavelmente sentado na cabine do controlista, enquanto no estúdio Antonio Malvino fazia perguntas ao presidente do PT, Adalberto Fulgêncio. Curioso, como sempre, Braga quis saber quem era o entrevistado. E C.Rodrigues, solícito, apressou-se em informar:
-É o presidente do PT, Adalberto Fulgêncio, governador”.

Braga fez um “hummm”, a entrevista terminou, ia começar a sua hora, ele levantou-se , dirigiu-se ao estúdio e ao cruzar com Adalberto no corredor, botou o braço no seu pescoço e saudou em alta voz:
-Quer dizer que você é o famoso Fulgêncio Batista!

Monsieur Dinossauro
Wilson Braga encontrava-se no gabinete do senador Marcondes Gadelha, em Brasilia, que recepcionava, na ocasião, o paleontólogo francês Monsieur Joseph, recém chegado ao Brasil para estudar as pegadas dos dinossauros em Sousa.

Chamado às pressas ao plenário, Marcondes deixou Wilson fazendo sala para o visitante, quando por lá apareceu um senador paulista. Braga apresentou o visitante ao político:
-Aqui é o Monsieur… o Monsieur… , aí não lembrando mais o nome do dito cujo, completou: -O Monsieur Dinossauro!

Carta do defunto
Morreu Zezinho Rosas e Wilson Braga foi ao velório, solidarizou-se com a família acompanhou o enterro até o cemitério, compareceu a missa de sétimo dia, porém dias depois, quando das festas natalinas, enviou belo cartão de natal para o falecido e família.

Um irmão do finado achou por bem dar o troco. Escreveu uma cartinha ao deputado em nome do defunto:
“Deputado Wilson Braga,
“Tomei conhecimento do seu Cartão de Boas Festas a mim dirigido e enviado ao meu antigo endereço”.
“Lembro-me bem do senhor no meu enterro e na missa de sétimo dia que a minha família mandou celebrar na Igreja Nossa Senhora de Lourdes”.
“O senhor estava sentado num banco, na segunda fila”.
“Devo dizer-lhe, portanto, que o meu endereço mudou. Moro agora no Cemitério Senhor da Boa Sentença, Quadra 10, túmulo no. 504.”
“Por favor, não me envie mais correspondência”.
“Grato, Zezinho Rosas”.

As duas casas
Iedo Andrade, procurador aposentado do Estado da Paraíba, no Governo Wilson Braga foi diretor superintendente do Detran. Era, por assim dizer, da cozinha do então governador. Braga confiava nele cegamente e lhe dava missões das mais confidenciais, como encher a mala de dinheiro junto a construtoras e fazer pagamentos que não deveriam aparecer na contabilidade pública.

Contam que, certa vez, Iedo foi chamado ao gabinete do governador, que lhe entregou uma planta de uma casa e uma recomendação: ir à construtora fulana de tal, entregar a planta e dizer que fosse construída aquela casa para o governador. Iedo parou no meio do caminho, tirou uma cópia da planta e entregou as duas ao construtor, recomendando que deveriam ser construídas duas casas: uma para ele, outra para Braga.

Perseguição
Quando Nominando Diniz era presidente da Assembléia e Ramalho Leite primeiro secretário, ficou decidido que cada deputado estadual teria direito a uma passagem de avião por mês, para ir e voltar de Brasília a serviço de suas bases. Wilson Braga era deputado federal e sua esposa, Lucia, ocupava uma cadeira de estadual na Paraíba.
Certo dia, Ramalho se encontrou com Braga no Distrito Federal e este se queixou:
-Eu quero saber o que Nominando tem contra mim…
– Nada, Wilson. Ele lhe tem muita estima! Respondeu Ramalho.
Mas Braga contestou: – Não acredito ! Como é que ele me tem essa estima toda e dá uma passagem para Lucia vir todo mês a Brasília me aperrear?

É cego!
Wilson participava da inauguração de um grupo escolar em Itaporanga. O prefeito, num discurso altamente bajulatório, afirmava:
-Wilson Braga trouxe pra nóis o “pogresso”. Tudo que nós temos sai dos zóios do gunvernador.
Um bebado, no meio da platéia, bradou:
-Então tamos fudido, pois o homem é cego!

O rabo
Na eleição 1986,Wilson Braga era candidato a senador e em um comício em Pombal um orador começou a elogiar demais; Que tinha sido o melhor governador da paraíba, tinha o projeto canaã, o melhor para o funcionário público e etc… Quando em dado momento um gaiato gritou do meio do povo:
-Dê o rabo a ele!
O orador olhou para Wilson e perguntou:”Eu respondo Wilson?
Ao receber o consentimento do governador, o locutor não contou conversa:
Eu como o seu e o dele. Foi aí que Wilson Braga se apressou em corrigir:
perai assim não.

Dinheiro da feira
Wilson Braga certa vez compareceu a uma audiência no Tribunal de Justiça, para responder sobre o caso Paulo Brandão. O advogado de acusação era o renomado jurista José Carlos Dias, recém nomeado ministro da Justiça pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. A todo momento, o advogado tentava acuar o ex-governador com perguntas as mais provocativas possíveis. Em determinado momento, José Carlos Dias quis saber de Wilson Braga onde ele arranjava o dinheiro da feira. Já enfezado com o bombardeio, Braga respondeu:
-Arranjo com a sua mãe!

Cu novo
Desde menino que Wilson Braga conviveu com umas hemorróidas de botão que o tiravam do sério. Certa vez, Edmilson, seu assessor para assuntos de fuxicos, chegou à sua casa de manhã, encontrando-o em crise. Uma cueca manchada de sangue jogada no canto da parede, uma toalha de banho em iguais condições atirada no outro e Braga, enrolado num lençol, andando pela casa, fazendo a barba sem precisar de espelho. Quando Edmilson se preparava para contar as fofocas do dia, o deputado o interrompeu, ordenando:
-Oh! Edmilson, você que anda pelas feiras livres de João Pessoa, veja se arranja um cu novo para mim, pois este daqui está sem serventia.”

Fonte: Blog do Tião Lucena

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