A Câmara Municipal de Cajazeiras realizou, na noite dessa terça-feira (12), uma Sessão Especial sobre o Combate a Exploração do Trabalho Infantil, atendendo propositura do vereador Jucinério Félix, (PTC).
Na justificativa de sua solicitação, o parlamentar destacou a importância da discussão e registrou o apoio do Poder Legislativo nas ações de enfrentamento ao trabalho infantil. Abordando a questão de crianças que trabalham em lixões, a exploração da prostituição, onde muitas das vezes a culpa não é deles, mas da falta de oportunidades de está inserido em um lar com uma família desestruturada, e muitas das vezes por pais não terem um trabalho digno.
Ainda em seu pronunciamento, o vereador afirmou que “Lugar de criança é na escola”, embora a partir de 14 anos pode trabalhar como jovem aprendiz. “Queremos que as crianças cresçam profissionalizando, mas nunca sendo escravos”, frisou.
Durante as discussões foi ressaltado que é dever do Estado cuidar das crianças, e lembrado a importância da criação do fundo municipal da juventude em Cajazeiras. Também foram enfatizadas as ações que focam especificamente na sensibilização para o tema, através de campanhas e ações nos bairros envolvidos; com panfletagens e conscientização na geração de oportunidades econômicas para as famílias; criação de escolas de futebol em Cajazeiras para as crianças, fortalecimento de vínculo, na formação e mobilização de adolescentes para o monitoramento de políticas públicas; e no fortalecimento das parcerias com as famílias, cuidadores, escolas da rede pública, conselhos, organizações locais.
O Trabalho Infantil afetou 80 mil crianças entre os anos 2016 e 2017 na Paraíba e as principais cidades destacadas no debate com elevado índice do trabalho infantil foram João Pessoa, Campina, Patos, Sousa e Cajazeiras.
A Sessão Especial levou para a Câmara Municipal: vereadores, psicóloga, secretário do desenvolvimento humano, conselheiro tutelar, coordenadores do CRAS I e II e III (Crea), coordenadora do CEA, Assistente social, coordenador do Bolsa Família, coordenadora do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) e representante do SINFUMC.
Por Ismênia Salviano
Radar Sertanejo