Foi enterrado às 16h (horário local) desta segunda-feira (20) em Cajazeiras, no Sertão paraibano, o corpo do estudante universitário Herbert Lucas Abreu Mendes, de 22 anos, que atacou a irmã, espancou e matou uma idosa e acabou sendo morto com um tiro no peito, disparado por um vizinho no Recife. A confusão aconteceu na noite do sábado (18), em um prédio no bairro do Parnamirim, e é investigada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil de Pernambuco.
O enterro aconteceu no cemitério municipal do distrito de Divinópolis, em Cajazeiras, onde mora a família do jovem. Em entrevista à TV Paraíba, o pai José Hamilton Mendes explicou que o universitário já vinha apresentando "sinais de problemas" há alguns dias. O irmão, Hugo Abreu Mendes, disse ter levado o estudante para uma festa de Carnaval em Olinda, onde ele teria tido um "momento de loucura", pedindo a todo instante para voltar para casa.
Segundo a irmã, Samara Abreu Mendes, Herbert teria chegado em casa sem roupas e muito transtornado dizendo ter sido assaltado no caminho. "Eu pedi para ele tomar um banho e se acalmar, mas ele surtou e eu fui pedir ajuda à vizinha", explica. Ferida por uma facada, a jovem pediu abrigo à vizinha de 64 anos, que acabou sendo espancada pelo rapaz e morreu no dia seguinte no hospital.
De acordo com a Polícia Civil, o estudante derrubou a porta do apartamento onde mora um auditor fiscal de 39 anos, que estava com a mulher e o filho. Os dois teriam brigado e, durante a discussão, o auditor deu um tiro no peito do estudante. O rapaz chegou a ser socorrido, mas também não resistiu.
Durante o enterro, Hamilton Mendes defendeu Herbert, dizendo que ele teria procurado o auditor fiscal para pedir ajuda depois de se descontrolar. "Ele conhece meu filho desde criança. Meu filho chegou pedindo ajuda, mas ele o jogou na cama e deu um tiro no peito", diz o pai.
Segundo a Polícia Civil, o auditor fiscal chegou a ser detido, passou mal e foi levado para um hospital particular, onde ficou internado sob custódia da polícia. De acordo com o chefe da Polícia Civil, Manoel Carneiro, a Justiça concedeu habeas corpus e ele vai responder o inquérito em liberdade.
G1 PB