A festa natalina e as mudanças no decorrer do tempo
Por: Francisco Inacio Pita
Aproxima-se mais um final de ano e, ao mesmo tempo, o período da festa natalina, onde as pessoas se confraternizam, promovem festas e mais festas, anunciam a chegada de um novo ano e outras comemorações simbólicas. Para uns, apenas um período de festa, para uma pequena minoria vivente, representa o nascimento de Jesus. Pergunta-se e “perguntar não ofende.” Será o Natal de Jesus, dos comerciantes ou do povo que adora consumir e promover festas? A sua tradição do Natal tem uma denominação religiosa? Deve ser lembrada com a presença do nascimento de Jesus? Ou é apenas mais um período para se comemorar com festas e diversões? Observe que eu fiz várias perguntas ao mesmo tempo, e a resposta deve ser uma reflexão de cada um antes de edificar o que você chama de Natal.
Pense bem: O Natal é uma festa religiosa da luz divina ou uma oportunidade para promover festas, consumir bebidas alcoólicas e diversos alimentos? Se puder fazer tudo isso, que assim faça, mas deve lembrar de muitas famílias que estão passando por uma forte insegurança alimentar. Reflita bem, na minha opinião, todos que têm uma boa condição financeira promovam suas festas, mas não esqueça de orar agradecendo a Deus e doar uma ou algumas cestas básicas para pessoas necessitadas da sua redondeza.
A maioria das negociantes do universo visa somente lucros e explora a população viciada no consumismo, aproveitando o Natal como base para obter lucros. Enquanto muitos viventes compram presentes apenas para imitar o seu amigo, a sua amiga, o seu vizinho, faz o que pode e não pode, e até estraga a sua condição financeira, mas consideram toda essa ação, que até certo ponto é desastrosa, como a comemoração do Natal, imitam outras pessoas e ainda chamam tudo isso de festa natalina.
Quase não existe o jantar de Natal entre as famílias, as brincadeiras do amigo e da amiga secreta, o desejo de um feliz Natal por meio de cartões, emitir uma correspondência para os amigos e familiares mais distantes, e outros momentos de fraternidade entre os familiares e os amigos. Poucos relembram estes momentos de alegria e descontração, tanto do lado fraterno, bem como a prática da oração de agradecimento a Deus por mais um ano de vida. Hoje em dia, as mensagens vêm pela internet até para o seu vizinho, através do WhatsApp, Instagram, Facebook e outras redes sociais expandidas por todo o universo. A lembrança do principal aniversariante do mês, que é Jesus Cristo, é caso raro. Como Jesus observa o tempo passando e o povo lhe esquecendo? “Perguntar não ofende”.
Já participei de várias confraternizações de natal programadas por diversos órgãos, entre elas, residências de amigos, unidades escolares e outras entidades, tudo isso nesse mês de dezembro. Observei em todas, mas não consegui ver alguém lembrar direto ou indiretamente a lembrança primordial do principal aniversariante do mês: JESUS CRISTO. Ele estava presente em espírito, porque todas as comemorações foram pacíficas e sempre com as mesmas tradições, esquecendo-se de orar, mas lembrando de se confraternizar com abraços e mais abraços. Em todas houve, como sempre, as trocas de presentes, usando a tradicional moda do amigo e amiga secreta. Festas abastardas com bolos, salgados, refrigerantes e, em algumas destas confraternizações, a presença de muito churrasco e bebidas alcoólicas. Como fica o mais importante aniversariante do mês de dezembro sem ser apontado como o principal catedrático da festa?
Nos comerciais de rádio e televisão e nas diversas redes sociais, as chamadas: “o seu Natal aqui é bem melhor”, “participe do Natal da loja…”, “o menor preço é no Natal da loja X”. E o nascimento de Jesus Redentor, quem lembra?
O que vemos é uma transformação geral de gestos alegres por lucros comerciais e diversões exageradas. As tradições natalinas que representam o verdadeiro nascimento de Jesus estão ficando ausentes das comemorações natalinas como a principal atração. O povo mudou tudo e não imagina mais em um Natal em oração, promovem festa e mais festa, quer tenha condição financeira ou não, mas esquece da comemoração em família e a celebração da palavra viva de Jesus de Nazaré. Como será o futuro da humanidade quando as suas verdadeiras tradições estão saindo de circulação, tudo em nome do modernismo falso e sem sentido que aparece sobre a humanidade? Será que estas mudanças representam o modernismo de verdade? Como ficam os nossos antepassados de histórias bravas? Não estou aqui querendo trazer à tona o passado de atraso, mas lutando pelo respeito às grandes tradições que nunca deviam se acabar e, ao mesmo tempo, não concordar com certas mudanças, no entanto, respeito à opinião de todos. Tudo muda, nossa vida e nossa mente. O nosso organismo vai ficando mais fraco, mas para mudar as nossas tradições, precisamos ter um enorme cuidado.
Aproveito o espírito natalino para desejar aos nossos leitores um feliz Natal e um ano de 2025, repleto de paz e harmonia entre todas as famílias, sem esquecer de agradecer a Deus por mais um ano de vida na terra. Rogamos para ter o Natal de JESUS, não somente com festas regadas a bebidas alcoólicas e alimentos tradicionais como: o peru, arroz à grega, salpicão, nozes, avelãs, castanhas, amêndoas, damascos, figos, cerejas, pudim de sobremesa e outros. Se puder, tenha tudo isso e comemore, também, a verdadeira luz do Senhor. Como Jesus nasceu simples e em uma manjedoura, assim também nasça e cresça no coração de toda a humanidade a paz, a virtude, a ideia de dividir um pouco do que tem com os necessitados, sendo que vem para você a luz da sabedoria. Que todo ser humano pense com serenidade e na concórdia luz do divino mestre e o Grande Arquiteto do Universo seja sempre justo e perfeito para sempre. AMÉM.
Mote:
natal da fraternidade
chegou muito diferente.
O período do natal
tem muitas festividades
festas em todas cidades
de forma sensacional
o povo mostra o sinal
na reta muito decente
se tornando boa gente
mais pouca fidelidade
natal da fraternidade
chegou muito diferente.
O povo compra de tudo
mas esquece de orar
e não quer imaginar
de Jesus o conteúdo
vai esquecendo a miúdo
de Jesus que estar presente
convida toda sua gente
pra festa em variedade
natal da fraternidade
chegou muito diferente.
Se você observar
ver na comemoração
que falta a devoção
em um Deus para orar
acha melhor farrear
e tira Jesus da mente
deixando a fé carente
e promove a festividade
natal da fraternidade
chegou muito diferente.
A família faz jantar
com muita animação
e vasta alimentação
mais deixa de lembrar
de Jesus que é salutar
e traz a benção pra gente
coloque ele na frente
com toda capacidade
natal da fraternidade
chegou muito diferente.
O natal já chegou
de uma forma carente
vejo bem de repente
parte do povo mudou
talvez pouco agradou
a forma da nossa gente
tem o desejo para frente
e falta o amor de verdade
natal da fraternidade
chegou muito diferente.
Avisto que nosso povo
mudou toda disciplina
esqueceu a boa mina
em troca do mundo novo
está bem no estrovo
mais tem a forma decente
dar seu passo na frente
com muita propriedade
natal da fraternidade
chegou muito diferente.
Finalizo essa jornada
com muita convicção
tenho em Deus devoção
ele segue na minha estrada
prossigo a vida animada
com Jesus na minha mente
vejo mudar certamente
no passar da minha idade
natal da fraternidade
chegou muito diferente.
Muito obrigado a todos e até o nosso próximo encontro.
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Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.