Festas juninas no Nordeste e no Brasil

Por: Francisco Inacio Pita

As festas juninas no Brasil tiveram início no século XVI, era uma tradição bastante popular em Portugal e na Espanha, por isso, essas festas foram trazidas para o Brasil pelos portugueses durante a colonização. Fora o carnaval, as festas juninas trata-se da maior festa tradicional brasileira e principalmente no Nordeste.

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Esses entretenimentos, surgiram no período pré-gregoriano na Europa, era considerada na época como uma festa pagã porque comemorava a fertilidade da terra e as boas colheitas com base na fé deles naquela época, a festa principal sempre acontecia no dia 24 de junho, dia de São João.

As comemorações passaram a ser conhecidas como juninas, em homenagem a João Batista, descrito na bíblia como aquele que batizava as pessoas até a vinda de Jesus. Sendo assim, virou uma festa da Igreja Católica, algum tempo depois a igreja católica começou a prestar homenagem aos três santos: Santo Antônio no dia 13 de junho, São João no dia 24 junho e São Pedro no dia 29 junho.  Por isso, ficou intitulada de festas juninas.

As festas juninas quando foram introduzidas no Brasil pelos colonizadores, teve uma grande aceitação dos negros e os índios devido a ser muito parecida com as suas tradições culturais. Aos poucos, estas festividades foram se espalhando pelo Brasil, mas é no Nordeste que ela ganhou força e desenvolvimento na cultura nordestina. Nos dias atuais, várias cidades promovem muitos dias de festas, ação que gera emprego e renda no comércio, as bandas de forró pé de serra são contratadas para animar eventos, vêm as danças típicas como quadrilhas, festas com comidas típicas, como: canjica, pamonha, milho cozido e assado, mungunzá, o bolo de milho, pé de moleque, doces e outros deliciosos alimentos da culinária brasileira e nordestina, também estão na pauta dessas festividades, mesmo com toda modernidade da população e ainda tem uso com muita frequência nas tradicionais festas juninas.

Em épocas passadas foram introduzidas várias brincadeiras como o pau de sebo, o correio elegante, os fogos de artifício cujo o uso será impedido por algumas leis a partir do próximo ano. Em alguns locais ainda tem o casamento na roça, e muitas outras brincadeiras que apesar da era moderna, ainda se repetem a cada ano, nas comemorações das escolas, festas de ruas, em centro recreativos e etc.

Na nossa região e principalmente no interior da Paraíba, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte, as festas juninas são apresentadas as comidas típicas, são também destacadas às quadrilhas dançantes, casamento matuto e outras tradições típicas do nordeste brasileiro.

A festa de São João, São Pedro e Santo Antônio, todas no mês de junho, foi e será sempre motivo de muita alegria e comemoração da nossa gente.

Os responsáveis por trazer essa festividade ao Brasil foram os padres jesuítas, que popularizaram o período, inicialmente, por “festa joanina” como uma homenagem a São João, mas logo o título passou a simbolizar o mês e ter o nome como conhecemos hoje. Com essa fusão de culturas não tinha como ser diferente: o teor religioso deu lugar a uma concentração popular, carregando hábitos portugueses, espanhóis, franceses, indígenas ou, em uma só palavra: brasileiros.

O sucesso foi predominante na região nordeste, que até hoje é o responsável pelas maiores festas do período, além de ser destaque mundial e atrair também muitos turistas.

Mote: viva as festas juninas / de eternas tradições.

É a nossa tradição
de paz e muita alegria
que a todos contagia
com bastante animação
alegra o nosso sertão
com as comemorações
sempre com grandes ações
formando eternas minas
viva as festas juninas
de eternas tradições.

O Nordeste se enfeita
com enfeites e figurinhas
as tradições das rainhas
de forma muito perfeita
todo mundo se ajeita
nas grandes transformações
não faltam animações
com presenças das meninas
viva as festas juninas
de eternas tradições.

Muito obrigado a todos e até ao nosso próximo.

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Francisco Inácio de Lima Pita  — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.