Os debates e a falta de propostas
Após observar vários debates este ano com parte dos nossos futuros representantes, notei que nada mudou, a maioria dos concorrentes deixam de apresentar propostas e ficam o tempo todo apenas criticando o(s) outro(s). A situação fica pior para quem está no poder, outro fato interessante, quem que já administrou critica o concorrente da situação, e não lembra que já administrou e cometeu os mesmos erros, hoje se apresenta como se ele tivesse sido um grande administrador. A maioria do povo tem que aprender a votar, é só observar como eles vão agir e logo identificar se os candidatos vão administrar bem. As últimas gestões de governadores do estado da Paraíba deixaram muito a desejar, é comum empregar os seus aliados e deixar de empregar os que mais necessitam.
A TV Diário do sertão vai apresentar o debate para Governador da Paraíba, no dia 08 de setembro e para senador no dia 15 de setembro. Todos os concorrentes tanto ao governo do estado como ao senado já confirmaram as suas presenças, esperamos que não faltem, não creem desculpas de última hora, e traga dessa vez propostas para apresentar para os eleitores.
O eleitor já está de cabeça cheia dessa lenga lenga no período eleitoral e pouca ação quando assume o poder. Comumente os candidatos prometerem, garantir o que não podem fazer e durante a gestão fazer o mínimo possível.
O eleitor paraibano espera um nível elevado nos debates e que os concorrentes apresentem propostas sérias e com detalhes. Quem vive de promessa é santo, o povo precisa de ações para ontem. Para diminuir a fome, melhorar a infraestrutura, criar emprego e renda e dar ao povo oportunidade de viver melhor. A maioria da população não precisa entregar o peixe pronto, é melhor ensinar como pescar.
Teve início no dia 16 de agosto a propaganda eleitoral nos carros de som volantes, é só registrar o seu veículo com o som e entrar em ação. Muitas concorrentes estão fazendo a sua divulgação nas redes sociais, esperamos que essas propagandas trazem efeitos positivos para o eleitor. Ao que parece, a maioria dos candidatos que são praticamente os mesmos, continua deixando de aproveitar o espaço do debate para apresentar as suas propostas de trabalho ao eleitor, mas deixa de usar o ambiente digital tão precioso e de alto alcance para criticar o trabalho do outro. Criticar com fundamento até ajuda, coisa que não acontece, a maioria apenas critica o outro muitas vezes de forma injusta. Isso é uma verdadeira falta de vergonha e desumanidade.
Quando a crítica apresenta dados concretos, de desvio de verba com provas, ajuda o eleitor a descobrir a falta de respeito do candidato, acontece que muitos inventam ampla a informação para denegrir a imagem do concorrente. Notícias falsas não contribuem com o processo democrático das eleições, pelo contrário, só perturbam e confundem a cabeça do eleitor. Não estou defendendo que está no poder, você pode criticar quem está na gestão se ele não estiver fazendo o correto, o que comumente acontece com a maioria dos gestores brasileiros, agora vem à pergunta: será que o criticador se tivesse no comando da atual gestão faria um trabalho diferente em benefício do povo? O que se observa durante as gestões é bem diferente do que se prometera na campanha eleitoral. A maioria ajuda os de casa primeiro e deixa o povão com poucas ou sem ações. Isso é uma grande vergonha nacional.
O que diz a maioria dos concorrentes no período eleitoral é bem diferente do que ele faz quando assume a gestão, tanto no poder executivo como no poder legislativo. Sempre foi assim, mas há ainda esperança da maioria dos eleitores, nós desejamos que eles criem projetos, leve para aprovação e acompanhe a execução junto aos gestores, dessa vez resolva, procure fazer mais para o povo em geral do que para os seus.
Os candidatos aparecem sempre de quatro em quatro anos, promete, promete e continua vivendo bem depois da eleição, o povo fica sempre à espera de ações, quando faz algumas passa a vida falando dos pequenos benefícios que fez, como se o seu trabalhar para o povo não fosse apenas a sua obrigação.
Por Francisco Inacio Pita